Capítulo Dezenove

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#Lumus

— Aqui fica a sala de duelos — informa.

Ela adentra no local. Era um lugar amplo e revestido de paredes de um vidro espelhado resiste a feitiços poderosos, não tinha mobília alguma e um lustre negro com cristais transparentes estava pendurado no teto. A Greengrass analisa bem a sala e saca sua varinha da cintura.

— Humm — murmura apreciando o que via. — Um ótimo lugar...

Draco jazia encostado no batente da porta, enquanto a observava pisar forte no solo, testando o piso negro e polido de madeira maciça. Ela dá alguns pulinhos, vendo o rebote do impacto no chão e depois lançando um feitiço qualquer no solo. O encantamento se apaga quando chega ao piso.

Aponta sua varinha para uma parede de vidro qualquer.

Expulso!

O feitiço atinge o material e imediatamente se reflete de volta ao oponente. A Greengrass se abaixa para não ser atingida e outro espelho é acertado, fazendo o encantamento quicar e atingir outro do material, como num jogo de pinball.

A luz da palavra lançada só é interrompida quando um feitiço de Protego feito por ela interrompe o raio expulsante e o desfaz.

Analisa com precisão todos os pontos onde o raio do encantamento atingira e vê que nada nos vidro foi quebrado ou amassado. Calcula mentalmente a velocidade que se refletiu e atingiu as demais paredes e com quanta força presente na fonte não inércia.

Volta seus olhos para o herdeiro dos Malfoys.

— Porque os espelhos rebatem o feitiço? — questiona.

Ele, com certa preguiça, se desencosta do batente da porta e se aproxima da sonserina.

— Numa batalha pode haver objetos que refletem os encantamentos. Aqui foi criado propriamente para esse feito e assim tendo que ter atenção dobrada no adversário e nos próprios feitiços repelidos pelos vidros.

Ela assente depois da explicação.

— Acho que posso derrotar bem o seu pai aqui — fala normalmente.

— Meu pai é um ótimo duelista — Draco comenta. — Terá um grande trabalho...

— Acho que não, Malfoy — diz misteriosamente.

O sonserino sorri pela presunção dela. Já havia mostrado os quartos extras da Mansão, o laboratório de poções que montou para si mesmo, a cozinha, as três enormes bibliotecas (duas no térreo e uma no primeiro andar) que ocupavam uma área maior do que a de Hogwarts, mas com a maioria dos livros em runas antigas que só sangues-puros sabiam decifrar.

Seguem para o último cômodo não apresentado.

— A sala de Artes — anuncia abrindo a porta.

Um cômodo grande e com vitrais que chegavam do chão até o teto. O sol iluminava completamente o lugar, onde as cortinas bancas estavam abertas e dobradas, amostrando o piso de mármore negro.

Parecia um ateliê de arte.

Vários quadros em branco e alguns pintados por completo e outros inacabados, pincéis, cavaletes, palhetas e tintas de cores variadas estavam espalhadas pela mesa que ficava encostada em uma das paredes.

Garota Má - DrastóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora