Capítulo Setenta e Oito

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Tio Lucius e Tia Ciça 👆

#Lumus

— Alexis é trouxa.

Draco tentou entender aquela frase, mas não conseguiu. Um minuto inteito se passou tentando com ele tentando compreender as idéias confusas e se perguntando o porque diabos...

O quê? — foi tudo o que soltou interrompendo o próprio raciocínio.

Zabine engoliu as lágrimas e ficou parado e imóvel durante um grande instante.

— Ela... Ela é filha de trouxas — apertou os punhos com força enquanto sua face estava rígida. — Não tem... Não tem uma pessoa na família que seja bruxa.

Malfoy apenas abriu a boca, sem saber o que dizer.

Aquilo não fazia sentido algum. Nunca... Nunca imaginária que a Cheever não tinha pertencia aos sanguepuristas.

Blásio se levantou com uma raiva intensa que o atingiu de maneira sob humana.

O goleiro, Draco percebeu, estava com as íris feridas, como se tivesse sido enganado.

— Ela nunca me falou — revelou com os olhos ainda molhados de lágrimas não vertidas. — Nunca me contou que não era uma sangue-pura... — levou as mãos aos cabelos, em desespero, como se não acreditasse. — Por Merlin! Ela é rica, como eu ia saber que também não era do alto escalão? — se amaldiçoou mentalmente. — Tem a postura tão doce, sublime, as jóias caras que recebe do pai, o jeito recatado como se fosse uma de nós, como se...

As palavras dele morreram junto com a expressão zangada que só se tornou indignada que antes.

— Sabe porque nunca associei o sobrenome a nenhuma linhagem pura? — indagou. — Porque ela veio de outro país. Mas no.... no nosso primeiro encontro — ele estava tão furioso que as frases saíam entrecortadas. — Alexis apareceu em um carro do Ministério... Com um chofer do Ministério... Pensei que o pai dela tinha um grande cargo para que liberassem um veículo assim para a sua filha ir a um encontro...

Fez uma longa pausa e o encarou.

— Sabe porquê? O pai dela é o Ministro — falou enfurecido. — Ministro dos trouxas! Dos trouxas, Draco! Ele era embaixador da Inglaterra na França e se mudaram para cá por causa da promoção que recebeu e eu nunca soube de nada — bufou como se aquilo não fosse novidade. — Me senti enganado — revelou batendo no peito no lugar onde seu coração batia. — Bem aqui — balançou a cabeça negativamente. — O quê... O quê meu pai iria dizer se soubesse?

Draco mordeu o lábio inferior para não gritar um "E você se importa?!". Mas não poderia discutir Blásio, não naquele momento.

Respirou fundo e esperou o goleiro enxugar as lágrimas com as costas das mãos.

Quando ele novamente focou os olhos em seu irmão, o apanhador percebeu que não havia, somente aversão ou desprezo por ter sido ludibriado.

Havia arrependimento.

Mágoa, remorso, pesar de algo que até então não sabia, mas que Zabine revelou:

— A chamei de sangue-ruim.

Draco deu passo para trás como se tivesse acabado de levar un soco no estômago.

Como? Como Blásio...?

O capitão viu os olhos de Malfoy recheados em desprezo e nojo.

— Eu a chamei de sangue-ruim — repetiu com a voz voltando a embargar. Ele olhou para as mãos como se enojasse a própria existência. — Dentre todas as coisas no mundo que eu poderia ter dito, eu a chamei de sangue-ruim...

Garota Má - DrastóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora