Capítulo Sete

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#Lumus

O balaço passa de raspão pela minha cabeça, fazendo meu cabelo bagunçar com o movimento. Eu grito com Nott.

— QUAL É O SEU PROBLEMA?! — berro, quase explodindo meus pulmões de tanta força que uso.

— Não é você que está sem um parceiro a menos! — grita de volta com uma careta. — E eu não consigo lidar com todas as goles sozinho!

Zabine grita com Theodore algo sobre um apanhador ser insubstituível e importante para o time e ordena que se concentre em me livrar das bolas agressivas.

O rebatedor em questão resmunga algumas maldições à família Zabine que durariam por gerações.

Eu corro os olhos para todos os lugares, os artilheiros tentavam contra-atacar os jogadores invisíveis montados em vassouras que parecia estar flutuando no ar, sem ninguém para dirigí-las. Os artilheiros tentavam pegar a bola dos bonecos invisíveis que tentavam marcar um gol.

O nosso goleiro defende.

A visto um brilho dourado perto da arquibancada onde ficavam os professores em um jogo oficial, rapidamente me tento à ir até...

Alguém bate em meu corpo e eu acabo girando em pleno ar e quase caindo a trinta metros de altura, mas por sorte consigo me segurar na minha Cumulus 3091, o novo modelo lançado e usado pela seleção inglesa de Quadribol.

Praguejo tocando em meu ombro e tórax.

O ruim de jogar contra jogadores invisíveis era que não tínhamos como vê-los. Eu me recupero para voar em direção do apanhador adversário que também havia avistado o pomo.

Vou contra a vassoura que corria sozinha no ar com grande velocidade. Nos duelamos, tentando derrubar um ao outro, mas também concentrados no ponto dourado que havia mudado de posição e ido para além do céu. Subimos e eu consigo sair na frente, com o braço estendido para agarrar a peça brilhante até fechar meus dedos e agarrar...

Nada. Não agarro nada.

O outro apanhador puxa a ponta de minha vassoura para trás. Eu quase grito para marcarem uma falta, mas nos treinos da Sonserina não havia inflações. O mesmo também aconteciam nos jogos oficiais, só que muito disfarçados e ocultos do juiz.

Com raiva, o vejo passar em minha frente, mas eu não desistiria tão facilmente. Olho para o lado e vejo um balaço vindo em minha direção e Nott atrás para me defender.

Sem pensar duas vezes, arranco o taco da mão dele e rebato a goles para cima. Ela voa em uma velocidade absurda e atinge o nada.

Só tenho tempo de ouvir o som do corpo invisível caindo no chão antes de me por a perseguir o pomo.

— Ei! O meu bastão! — ouço Nott berrar.

Eu percebo que estava com o objeto na mão quando vejo nosso artilheiro sendo atingido por um balaço. Jogo o bastão para trás e me concentro no pomo. Os invisíveis marcam mais um gol e Zabine pragueja pela falta de atenção.

Eu só me concentrava no objeto dourado que reluzia com a luz do sol.

Ele voa até minha direção, eu sorrio já com a mão estendida. O pomo de ouro quase pousa em minha palma, mas num gesto completamente rápido, faz uma volta ao redor do meu corpo e continua girando, como se estivesse zombando de minha cara.

Meus olhos não o abandona e quando me preparo, consigo agarrá-lo.

Levanto a bola dourada em sinal que eu havia ganhado e o jogo termina.

Garota Má - DrastóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora