Cont. Capítulo Cem

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"Sabe, Malfoy, achei realmente que tivesse pelo menos um tanto de inteligência que o divergia de um animal, mas errei em minhas suposições.

Pode não ter entendido minha última carta, mas o dispensei. Lhe dei um fora mais do que óbvio que se resumia em um previsível 'NÃO ME ESCREVA MAIS'.

Como se recusa a acatar minhas ordens, terei que jogar conforme o meu próprio jogo."

Draco suspirou, já pronto para fazer o que devia em seguida após reler pela terceira vez as palavras ditas e expressadas na carta.

Cruzou o hall com determinação onde o casal Malfoy tomava chá e discutia sobre se passariam o feriado que se aproximava na casa da família ou se dirigiriam a uma no campo, mas amena para a estação fria que se seguia sobre toda a Inglaterra.

O filho foi encarado após sua entrada abrupta no ambiente quente e confortável que se aquecia por feitiços e pela lareira crepitante já imposta na mansão a gerações.

— Estamos em guerra — decretou apontando para os pais, surpresos. — Não confiem nem acreditem em quaisquer histórias a meu respeito relatadas. Nem que tenham uma base de verdade, desconfiem. Não submetam a acreditar em testemunhas, pois podem ser compradas. Se recusem a acreditar em provas, por mais concretas que elas possam parecer, pois vão ser implantadas. Mesmo que um louco na rua grite que fiz coisas absurdas, não acreditem e por mais que tenham confiança nas palavras de Astória Greengrass, saibam que ela usa todos os meios possíveis e mais baixos que alguém sem decência humana pode se submeter a praticar — respirou fundo para recuperar o ar. — Estamos em guerra — repetiu. — E não estou disposto a perdê-la.

Dito, se retirou dramaticamente alcançando os degraus com a mais pura convicção que já sentiu na vida.

Seus pais somente piscaram algumas vezes e encararam o local por onde o filho havia sumido.

***

— ARGH!

Praguejou em mente enquanto atirava uma almofada sobre a janela, que logo se ouviu caindo no jardim, onde diversas outras coisas não comuns decoravam o chão de grama verde, fazendo companhia aos duendes de porcelana polida que haviam ganhado roupas, livros e até um sofá para o seu território, mas que muitas vezes ao serem atirados de cima para baixo, os novos decorários, acabavam esmagando um de seus próprios irmãos.

O motivo de tamanho ataque de raiva que daria nos nervos até de sua mãe se ela apenas se limitasse a ir nos jardins, era a carta de Narcisa Malfoy:

"Querida,

Não podemos nos meter na briga de vocês"

Como servia de resposta de uma correspondência que tinha enviado anteriormente que praticamente, derramava lágrimas sobre as palavras (as tinha manchado com respingos de água para dar o efeito da tinta borrada) descrevendo os mais impróprios pecados e citando o quanto foi destruída, humilhada e magoada pelo filho da mesma, dando a desculpa de não ter relatado antes as injúrias pois temia que não acreditassem nela e por conseguinte, temer desmanchar a paz familiar.

Mas citou em destaque que havia criado coragem e que não podia mais suportar aquilo no seu coração e como só tinha Narcisa com quem se abrir, decidiu despejar seus sentimento a uma amiga tão querida e confiável.

Porém já estava claro que Malfoy havia alertado a mãe sobre as possíveis artimanhas que viria a cometer, desde as mais óbvias, até as mais baixas.

O que já era um tremendo desperdício de esforço pois já havia combinado com Drewanne para ela representar a vadia com o qual Draco a havia "traído", se o casal Malfoy precisasse de uma testemunha formal para ter certeza da verdade.

Garota Má - DrastóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora