• Capítulo Quarenta-Três - O amor é a única coisa real

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• Ariana Grande •

Eu havia deixado o quarto de Justin com sua mãe, eu não iria conseguir falar e muito menos ficar ali olhando a cara dele, eu era culpada por ter deixado com que Thomas me danificasse tanto ao ponto de não conseguir mais falar dos meus sentimentos, ou simplesmente de conseguir me permitir senti-los da maneira que deveria.

— O que você achou dos cookies?

Pisco meus olhos diversas vezes antes de voltar a realidade, então finalmente percebo que eu estava com um cookie na mão, parada, olhando para o nada.

— Tenho certeza que ele está maravilhoso Pattie, obrigada. — Eu dou o melhor sorriso que consigo para ela e mordo um pedaço do cookie, que por sinal estava mesmo uma delícia.

— O que você quer para beber? — Ela indaga assim que abre a geladeira, começando a observar tudo o que há lá dentro. — Temos refrigerante, suco, leite.

— Refrigerante.

Quase dou um pulo da cadeira assim que Justin entra abruptamente na cozinha.

Ele havia demorado um pouco para nos seguir, e para ser sincera, não esperei que ele o fizesse.

— Refrigerante, Ari? — Pattie me encara, esperando para confirmar o que seu filho disse.

— Sim, obrigada. — Sorrio.

— Senta Justin, come um cookie. — A mãe de Justin oferece. — Está uma delícia.

— O legal é que a minha mãe é multi utilidades, ela mesma faz os cookies, come e elogia. — Justin me olha, agora rindo.

Por um segundo, o meu coração se sentiu aliviado e eu consegui tirar um peso das minhas costas, ele não estava bravo comigo ou pelo menos não parecia estar.

— Justin adora encher o meu saco, por isso, quando tenho uma oportunidade, eu fico fazendo o mesmo com ele. — Pattie suspira.

— Eu não trago meninas aqui, porque se elas passassem um dia com a senhora, iriam desistir de mim. — Ele revira os olhos.

Pattie parece chocada com a afirmação do filho.

— Quem tiver que gostar de você, tem que gostar com todos as qualidades e defeitos e não desistir por causa da sua mancha no bumbum.

— Você tem uma mancha no bumbum? — Eu não seguro o riso.

— É de nascença, puxou ao pai dele que tem uma idêntica. — Ela dá os ombros.

— Mãe!

— Justin fala isso de mim, mas é ele quem faz as meninas desistirem dele.

— Isso não é verdade. — Ele protesta.

Eu não sabia se eles estavam apenas brincando ou se isso em breve se tornaria uma discussão.

— Eu te carreguei no meu ventre por nove meses, passei horas terríveis de contração antes de você sair de dentro de mim, não ouse dizer que eu não te conheço Justin Bieber!

— Chega, mãe. — Justin suspira.

— Justin acha que eu não sei que ele mesmo sabota todos os relacionamentos dele. — Pattie volta sua atenção para mim.

— Eu não vou criticar, ando fazendo o mesmo com os meus. — Eu acabo rindo, mas é de nervoso.

— Não deveria, e eu estou falando para vocês dois. — Agora ela encara nós dois. — O amor pode machucar muitas vezes, mas ele também é capaz de nos curar e principalmente, de nos salvar, muitas vezes até de nós mesmos.

Eu não tinha o que dizer sobre isso, muito menos Justin, ela tinha experiência, sabia do que estava falando.

— Não importa o que aconteça ou o que aconteceu com alguém, o amor é a única coisa real na vida de todos nós e não há como fugir dele, não por muito tempo.

Eu me senti uma tola agora e tenho certeza que Justin também, nós estávamos fugindo do amor, quando ele é a única coisa que poderia nos salvar.

— Depois desse assunto complicado para vocês. — Pattie sorri. — Espero que você fique para o jantar, Ari.

Eu tinha que falar com o Justin, eu tinha que ficar.

— Será um prazer.

Heartbroken [2]Onde histórias criam vida. Descubra agora