• Capítulo Setenta-Nove - Não sei se consigo

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• Ariana Grande •

O primeiro lugar que Justin havia me levado era ao Starbucks, mas depois de comer dois pedaços de torta de morango e um muffin de canela, tudo o que eu desejava era ir embora.

— Eu não aguento mais comer, Justin.

— Eu percebi. — Ele riu enquanto continuava a comer a sua torta de chocolate.

— O que você está dizendo? — Eu o olho boquiaberta. — Esse é o seu terceiro pedaço de torta, sem contar os brownies!

— E o capuccino. — Ele adiciona.

— Acho que vamos falir a loja e definitivamente acabar com o nosso dinheiro! — Eu digo e ele ri.

— Com o meu, eu que vou pagar a conta, Ari.

— Por que? — Eu cruzo os braços.

— Eu sei que pode pagar a conta, estamos no século XXI, entretanto eu te convidei e eu vou pagar. — Ele tira a sua carteira do bolso e pega dinheiro o suficiente para cobrir nossa conta e coloca sobre a mesa.

— Não vou deixar que você pague a conta sozinho, Justin. — Eu digo a ele.

— Se você me deixar pagar a conta sozinho hoje, eu prometo que deixo você me pagar algo da próxima vez.

— Tudo bem. — Eu me rendo.

Eu sabia que isso era provavelmente um blefe dele, mas eu também sabia que ele não iria desistir até eu ceder que ele pagasse a conta e tudo o que eu mais queria fazer agora, era sair daqui, afinal, a torta no prato do Justin estava me dando náuseas.

— Eu nunca mais vou comer tanto assim em toda a minha vida. — Eu digo assim que saímos de mãos dadas do Starbucks. — Sinto como se pudesse explodir.

— Fico feliz em saber que a minha namorada come o quanto ela realmente quer, embora esteja na minha frente. — Ele diz. — Eu nunca gostei de garotas que saiam comigo e pediam apenas um prato tão pequeno que não serviria nem para satisfazer um parte do meu estômago.

Eu não havia dado a mínima para o que ele tinha dito, porque a minha mente estava focada em apenas uma palavra específica: namorada.

— Eu não sou a sua namorada. — Eu digo, ainda sem graça.

Justin destravou o carro e entramos no mesmo, ele estava em silêncio e eu também.

Isso era estranho, considerando que não havíamos parado de falar nem por um segundo desde que havíamos saído do colégio.

— Eu não sei porque ainda não estamos namorando. — Ele me encara, sem ligar o carro. — Eu não quero mais ficar com nenhuma garota daquele colégio desde que tivemos aquela conversa sobre que o que nós dois sentíamos.

— Os meninos me perguntaram o que estava acontecendo entre a gente e eu definitivamente não tinha uma resposta para isso. — Olho para as minhas mãos que estão no meu colo agora. — Eu gosto de você Justin, gosto de estar com você, mas não sei se posso fazer isso.

— Não sabe se pode me namorar?

— Não sei se consigo fazer isso de novo, o problema não é você, sou eu, Justin. — Olho para ele.

— Não me diga que isso é uma tentativa de você terminar algo comigo antes mesmo de começar, Ariana. — Ele olha nos meus olhos.

— Não sei se consigo me entregar totalmente a esse ponto, porque se entregar a alguém é dar a oportunidade dessa pessoa te destruir no momento em que ela quiser e você vai ter que confiar que ela não seria capaz de o fazer.

— Eu vou te levar a um lugar e vou te mostrar uma coisa. — Ele apenas desviou sua atenção de mim e ligou o carro.

Heartbroken [2]Onde histórias criam vida. Descubra agora