𝑴𝒚 𝑵𝒆𝒘 𝑩𝒓𝒐𝒕𝒉𝒆𝒓

Cap 51

Sina Deinert

Ok, o que eu faço? Eu tenho que respeitar o espaço dele, mas me mata ver meu namorado mal desse jeito. No dia da tempestade, quando Dylan fez aquilo, Noah sempre estava ao meu lado.

Quero estar junto com ele, deixar eu acariciar seus fios loiros enquanto chora no meu colo, sei lá! Só preciso estar lá para tentar ajudá-lo, como sempre fez comigo.

Me levanto decidida à ir até ele. Antes de bater na porta de seu quarto, vou até a cozinha e pego algumas coisas para ele comer, visto que não tomou café da manhã.

Em uma bandeja, coloco dois croissants de queijo, alguns bombons, um copo grande de suco de laranja e alguns blueberrys, mas esses são para mim.

Subo com tudo na mão e paro em frente à porta. Será que ele vai me rejeitar? Eu só quero ajudar, bom, tentar né. Respiro fundo e bato na porta.

- Noah, sou eu- sussurro.

- Pode entrar- ele autoriza e abro a porta, o encontrando sentado com os olhos inchados e vermelhos.

Coloco a bandeja em cima da cômoda e corro para os seus braços. O aperto com força, querendo passar a dor pra mim.

- Seu pai me contou- sussurro conta seu ombro- Eu sinto muito.

- A culpa foi toda minha- a voz de Noah está embargada e as lágrimas voltaram a descer.

- Amor, olha pra mim- seus olhos verdes se encontram com os meus- A culpa não é sua, nem dela, nem de ninguém- seguro seu rosto.

- É sim! Se eu tivesse visto o carro ela não ia ter que entrar na frente e- não consegue terminar a fala.

- Noah, por favor- encosto minha testa na dele- A culpa não é sua! Pare de se martirizar por isso, infelizmente, não escolhemos as coisas que acontecem. Eu também pensava que era culpa minha o acidente com a minha tia, já que eu queria viajar, mas não é. Não é culpa de ninguém.

- Eu pareço um idiota chorando- Noah limpa suas lágrimas com a camiseta.

- Não, você só parece humano- o abraço forte- Deixe-me te ajudar pelo menos uma vez!

- Você sempre me ajuda- apoia o queixo no topo da minha cabeça- Eu te amo demais.

- Eu também te amo, muito- sorri fraco e continuei em seus braços, tentando passar o máximo de segurança possível.

Ana