Capítulo 101

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Cecília ficou quieta, sentiu o corpo todo gelar, uma lágrima ameaçou cair de seus olhos.

Cecília: Não... Quer dizer... Não foi isso que eu quis dizer... (Ela responde com a voz embargada)

Helena: Não, eu ouvi muito bem, você disse que o Yan não é seu filho!. Cecília sente as pernas ficarem bambas, põe a mão na testa mostrando tontura, Helena ajuda a mulher a sentar-se.

Helena: Se acalme!. Ela levanta e vai até o bebedouro pegar água, logo volta.

Helena: Beba um pouco de água!. Ela bebe.

Helena: Agora me conte a verdade, como você pegou o Yan?

Cecília: Eu nunca conseguir ter filhos, meu ex marido deu a idéia de eu engravidar, mas nunca conseguir, foi então que em uma das viajens dele, ele chegou com o Yan, ainda bebezinho e sem nome, então eu o peguei, ele deixou dinheiro e mantimentos que duraría um mês, para o bebê e pra mim, eu perguntei de quem era o bebê, ele disse que era dele, mas que tinha feito uma grande besteira e desapareceu de novo, por medo dele ter feito algum mal para a mãe da criança, eu o peguei e me mudei de cidade, e nunca mais ouvir falar do meu ex!.

Helena: Meu Deus, nossa história bate muito, eu tive meu filho, e com pouco tempo meu ex marido chegou em casa e o roubou de meus braços desaparecendo com ele, qual mesmo o nome do seu ex marido?

Cecília: Eu menti o nome dele porque fiquei com medo de ser o mesmo homem, mas o nome dele é Geraldo!

Helena: Ah!. O brilho que havia nos olhos de Helena sumiram, mais uma vez as esperanças de encontrar seu filho se foram.
Maiara termina de vestir a roupa de Yan, ele pega na mão dela.

Yan: Muito obrigado por cuidar de mim, mesmo que não estamos mais juntos por burrice minha, por achar que você poderia me trair ainda com o Hugo, eu não enxerguei o tamanho do seu amor!. Ela acaricia a mão dele.

Mai: Eu tive algo bonito com o Hugo, mas o que ele fez comigo me magoou muito, demorou para que eu o perdoasse, mas mesmo conseguindo, minha irmã não o aceitou e eu não ficaria contra a vontade dela..

Yan: Sim, hoje eu enxergo isso, espero muito que a gente volte a namorar, depois do que aconteceu comigo, daquele homem ter batido em mim até eu ficar a esse ponto só pelo fato de eu ter te protegido, meu amor por você só aumentou!

Mai: Yan, me diz uma coisa (ela ainda segurava a mão dele) Você está com a Raíssa?
Ele a encarou por alguns segundos e abaixou a cabeça mordendo seu lábio inferior.

Yan: Não tenho nada sério com ela, só... Transei com ela uma vez....(ela solta a mão dele e se vira de costas) Mas eu estava bêbado....

Mai: Claro, homem não pode ficar sozinho né, sempre tem que está com algum rabo de saia!

Yan: Mas eu estava muito bêbado...

Mai: Para de colocar culpa na bebida!(ela volta a olhar para ele)

Yan: O que você queria? Eu estava sofrendo, sofrendo por você, sofrendo por que eu sabia que nós dois não estávamos mais juntos por minha culpa...

Mai: Daí foi chorar nos braços dela... Francamente Davi!. Ele estranhou, já que ela nunca o chamou pelo o primeiro nome.

Yan: Está com ciúme?

Mai: Não importa se eu estou com ciúme, até por que isso aconteceu quando demos o tempo, mas o que me deixa com raiva é de ter sido logo com ela, que ama me fazer raiva, de querer ficar passando na minha cara de que eu que pedi o tempo pra nós dois!

Yan: Olha, desculpa por isso, ela era a única que estava comigo na minha sofrência!

Mai: Tá bom, não quero mais discutir sobre isso, quando você tiver em casa, e tiver melhor, a gente conversa!

Yan: Tá bom, me ajuda a ir para a cadeira de rodas?
Ela leva a cadeira até perto da cama e ajuda ele a sentar.
Mai: Me espera um pouco aqui enquanto vou no banheiro!

Yan: Tá bom!. A ruiva vai no banheiro, Yan escuta as vozes um pouco alteradas das mulheres do lado de fora, com um braço livre ele consegue ir até a porta, mas não o abre, apenas coloca o ouvido perto da porta para ouvir a conversa.

Helena: Então você precisa sim dizer a verdade para o Yan!

Cecília: Não, eu não vou fazer isso...

Helena: Mas Cecília ele tem o direito de saber que...

Cecília: Eu já disse que não, e não insista nisso, eu não vou correr esse risco!

Helena: Mas você não está correndo risco nenhum, pelo contrário, tenho certeza que ele vai te entender!

Cecília: Não, você não conhece meu filho, ele não aceita mentiras, ele não perdoa quem mente, e como eu viveria sem meu filho? Se ele souber disso ele jamais me perdoaria, e aí uma vida toda que eu me dediquei a ele, vou ser abandonada por causa disso!.

Helena: Mas e se por acaso ele descubra, não seria pior? Ele iria saber por outra pessoa, a decepção seria ainda maior!

Cecília: Não não não, eu já falei, não vou fazer isso, e espero muito que nem você, nem Maiara, Maraisa e Everton não contem isso para ele!

Helena: Me desculpa Cecília, mas eu não vou ficar calada, ele merece saber a verdade!

Cecília: Eu te proíbo fazer isso, você não é da nossa família para se intrometer assim!. Yan escuta Maiara destrancar a porta e ele se ajeita novamente na cadeira. Maiara sai do banheiro e abre a porta do quarto empurrando a cadeira de rodas. Os dois olharam para as mulheres que estavam visivelmente alteradas, Cecília estava com o rosto e os olhos vermelhos devido as lágrimas que caíram.

Yan: O que está acontecendo? Por que está chorado mamãe?

Cecília: De alegria, por você está bem!

Yan: Mas sua feição não está de felicidade, está de.... Tristeza, medo!. Nesse momento, Raissa aparece já abraçando ele.

Raissa: Aí Davi, fico feliz que você já está bem, e que vai para casa, você quer que eu te acompanhe?

Mai: Já três mulheres aqui para levar ele, e você está no seu horário de serviço!

Yan: Raissa, obrigado por todo seu cuidado, mas você está em seu horário de trabalho, mas obrigado mesmo assim!

Raíssa: Tudo bem, depois vou te visitar!. Ele apenas acenou com a cabeça e a mulher saiu. Eles não falaram mais nada, apenas seguiram para a casa de Cecilia. Enquanto Cecília  ajudava Yan a tomar banho, se vestir e arrumar as roupas, Maiara e e Helena preparavam a comida para ele. Yan estava sério.

Cecília: Você está sentindo alguma dor?

Yan: Não, estou bem!

Cecília: E porque essa cara?

Yan: Estou cansado, me faça um favor? Reúna todos aqui hoje a noite?

Cecília: Todos?

Yan: Sim, Maiara, dona Helena, Maraisa e Everton!

Cecília: Tá bom!. Ele dorme. Já a noite, todos estavam reunidos na casa de Cecilia como Yan pediu, logo entraram no quarto dele.

Yan: Obrigado por virem!. Ele olhou para cada um, Maiara estava sentada na poltrona, Maraisa estava sentada no braço da poltrona e Everton estava em pé ao seu lado, Helena estava em pé perto da porta, Cecília em um banco perto da cama.

Cecília: Bom meu filho, já estamos todos aqui como você pediu!

Yan: Ótimo, muito obrigado, agora sou todo ouvidos, podem me dizer qual o segredo que vocês me escondem( eles se olham) Ou melhor(ele olha para Cecília) O que você me esconde mamãe, que todos aquí já sabem, menos eu?

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