Capítulo 108

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Maiara
Mai: Vocês não podem levar ele preso, tem um mal entendido aí, ele ajudou minha irmã a se livrar das mãos do sequestrador!

Xx: Com licença!. Ele ignorou completamente o que eu disse, mas mesmo que ele fosse uns dois metros mais alto que eu, não me intimidei.

Mai: Escutem, vocês não podem levá-lo preso sem provas!

Xx: Silêncio senhorita, ou então vou ter que levar você também...

Mai: E porque voce me levaria?

Tive que ficar de ponta de pé para falar com ele, me subiu uma raiva enorme dele quando ele riu sarcástico de mim, senti as mãos de Hugo segurarem em meu braço e em seguida me abraçou pela cintura, beijou meu pescoço, senti um nó na garganta. Virei-me pra ele, o abracei.

Mai: Eu vou tirar você de lá, vou fazer até o impossível para isso!

Hugo: Tudo depende da sua irmã, para que eu saia!

Mai: Vai dá tudo certo!. Seguro em seu rosto e lhe dou um beijo.  Vejo um dos homens se aproximando com a algema na mão.

Mai: Por favor, podem levar ele sem precisar colocarem algemas? Pelo que conheço dele, ele não irá fugir!

Polícial: São normas!

Hugo: Por favor senhor, não quero deixar minha namorada ainda mais triste!. O homem concordou e eles levaram Hugo, senti meu corpo inteiro estremecer, ao passarem pela porta eu senti as lágrimas molharem meu rosto, ali vi o meu amor sendo levado de mim. Cai no chão chorando, um aperto em meu peito se formou, isso não poderia está acontecendo.

Maraísa
Volto para casa, Everton tem horas que me enche, por mais que eu o ame, mas tem momentos que ele parece ter bosta no cérebro, parece que não sabe pensar e ver as coisas. Ligo a tv, minha foto já estava no jornal, as últimas informações eram que o homem que me sequestrou abriu a boca e apontou o Hugo como cúmplice, meu Deus a Maiara, logo começa o jornal ao vivo, vejo Hugo chegando na delegacia com os policiais, acabou de ser preso. Salto de um pulo da cama, saio correndo.

Almira: Pra onde vai com essa pressa toda menina?
Pego a chave do meu carro, dou a partida no veículo e saio rasgando pneu em direção a casa do Hugo. No caminho eu ligo para a minha irmã, mas ela não atende. Quando chego no apartamento dele já vou subindo logo, abro a porta da sala sem nem bater, e paro imediatamente quando vejo a minha metade sentada no chão chorando igual uma criança, já senti logo as lágrimas molharem meu rosto, era como se eu tivesse sentindo sua dor, não por que somos irmãs, mas por que ela é minha vida, é tudo o que eu tenho, eu não viveria sem ela. Me aproximo dela, me abaixo e já a abraço.

Mara: Ah minha ruiva, minha metade, não fique assim, nós vamos dá um jeito de tirar ele da cadeia!. Senti ela sair do meu abraço, me olhou nos olhos, com seus olhos vermelhos.

Mai: Está nas suas mãos irmã, a liberdade dele!. Seguro em seu rosto.

Mara: E você acha mesmo que eu não vou fazer nada? É claro que vou dá meu depoimento e dizer tudo sobre a participação dele, eu vou tirar ele de lá, o mais rápido possível!. Beijo sua cabeça, a abraço de novo e sinto ela respirar fundo se acalmando.

Mara: Você o ama?

Mai: Sim!.

Mara: E o Yan?
Ela volta a sentar, ainda no chão, agora mais calma, ela mexia na barra de sua blusa de cabeça baixa.

Mai: Lembra daquele livro que você leu? Que falava sobre amor da sua vida e amor para sua vida?

Mara: Claro, lembro sim!

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