Destinos

Capítulo 103

Cecília: Não sei, seu pai nunca me falou sobre ela, na verdade eu nunca soube se ele te roubou da sua verdadeira mãe, ou se ele te pegou em um orfanato, ou.. não sei se ele realmente é seu pai biológico, mas isso realmente importa para você?

Yan: Claro, eu quero saber quem é minha mãe biológica, já pensou se ela está todos esses anos a minha procura?

Cecília: E se ela tiver te abandonado?

Yan: Uma mãe de verdade não abandona o filho, você me abandonaria?

Cecília: Nunca, jamais eu faria isso, você é tudo que eu tenho, mesmo que não seja do meu sangue, mas eu cuidei de você, te doei a minha vida!. Ele respira fundo.

Yan: Tudo bem, agora me conte tudo sobre mim!. Ela começa a contar desde quando conheceu seu ex marido, até a mudança de cidade.

Yan: Nossa, quanto detalhes que eu não sabia, então é impossível saber quem é meu pai, mas também isso não faz tanta diferença, talvez ainda fizesse se ele me falasse quem é minha mãe!

Cecília: Isso realmente faz tanta diferença para você? Tudo que passamos, você vai deixar para trás? Nossa história...

Yan: Nossa história é uma coisa, eu sou muito grato por tudo que você fez por mim, mas eu mereço saber da minha origem!

Cecília: Você vai me abandonar, eu tenho certeza, quando você descobrir quem é você vai me abandonar!

Yan: Pare com isso, eu só quero saber quem é ela, saber se tenho irmãos, saber se ela sofreu todos esses anos por mim!. Os dois já choravam, Cecília levanta enxugando as lágrimas.

Yan: Depois que descobri isso eu tenho me sentindo estranho, é como se faltasse uma parte de mim, como se eu não me conhecesse mais, olhando para você... Parece uma estranha...(ele falou sem pensar, na força da raiva, no impulso)

Cecília: VOCÊ É UM INGRATO DAVI, EU TRABALHEI DIA E NOITE PARA TE DÁ O MELHOR, DEIXEI DE SAIR, TERMINEI RELACIONAMENTOS POR MEDO DE TE TIRAREM DE MIM, PAGUEI CURSINHOS PARA VOCÊ ESTUDAR E CONSEGUIR UMA BOLSA PARA FAZER MEDICINA QUE ERA O QUE VOCÊ SEMPRE SONHOU DESDE CRIANÇA....

Yan: AGORA ESTÁ PASSANDO NA MINHA CARA CECÍLIA? Aí droga!. Ele colocou a mão na costela, onde estava machucado. Os dois estavam muito nervosos, ela se aproxima para tentar ajudá-lo de alguma forma.

Yan: Me deixe sozinho por favor!. Ela saiu do quarto. Cecília liga para Helena.

📞 Helena: Cecília? Aconteceu algo?

📞 Cecília: Sim, tive uma forte discussão com o Yan, falei besteiras, estava de cabeça quente, ele não quer me ver!

📞 Helena: Calma, você quer que eu volte? Para ficar cuidando dele?

📞 Cecília: Se isso não for te incomodar eu agradeço muito!

📞 Helena: Tá bom, estou voltando, Everton dá meia volta, Jajá chego aí!

📞 Cecília: Tá bom!. Ela desliga o telefone. Minutos depois a campainha toca, Cecília abre a porta, por impulso a mulher abraçou Helena.

Helena: Fique calma, isso vai passar, dê apenas um tempo para ele te perdoar!(as duas agora sentam no sofá).

Cecília: Eu não sei se ele vai conseguir me perdoar, talvez se eu encontrasse a mãe dele, ele me perdoaria, mas tenho medo dela querer levar ele embora, e se ela for de outro estado?

Helena: O que tem demais nisso? Ela pode ser até de outro país, se o Yan não quiser sair daqui, ele não vai, ele já é adulto...

Cecília: Por isso mesmo, se ele decidir ir embora para viver com a mãe biológica dele? Como eu fico?