Capítulo 50

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Maraísa
Acordei, ouvi o barulho da chuva cair lá fora, senti o aroma gostoso vindo da minha irmã, o sabonete preferido dela, pude sentir seu corpo quente ao meu lado, abri os olhos e me senti bem por ver ela dormindo, sua respiração pesada mostrava que estava em um sono profundo que parecía que há dias não dormia tão bem. Me levanto devagar sem fazer barulho, pego um bloco de notas e uma caneta que sempre ficava na gaveta do criado mudo ao lado da cama dela e deixo uma mensagem para quando ela acordar.
"Irmã, não se preocupe quando acordar e eu não tiver com você, apenas desci para deixar você dormir mais tranquila, toma um banho e põe uma roupa confortável, vou está te esperando na cozinha". Deixei o papel encima da cama e desci, fui até a cozinha e mamãe parecia está estressada falando com alguém por telefone no salão. Vou até a geladeira e pego algumas frutas para fazer uma salada de frutas para Maiara, mamãe entra na cozinha.

Mara: Mamãe o que aconteceu?

Almira: Nada... só estou tentando falar com o médico, a enfermeira estava me enrolando para passar a ligação para depois dizer que ele estava viajando, ah já sei vou liga para o Yan...

Mara: Não precisa você ligar para ele mamãe, ele está em São Paulo e além disso ela já está melhor!

Almira: Serio? Você conseguiu fazer ela tomar o remédio?

Mara: Sim mãe, ela tomou o remédio e agora está dormindo, um belo sono!

Almira: Aí graças a Deus, muito obrigada minha filha(ela se aproxima de mim e me abraça) Maraisa, quero te pedir desculpas pela forma que tratei você, fui grossa e..

Mara: Mamãe não se desculpe por isso, você só fez seu papel de mãe e eu lhe agradeço por isso, me fez abrir os olhos e ver que eu estava fazendo errado, e também a Fátima me disse a história da irmã dela e... Meu Deus esqueci completamente que o Everton foi buscar a mãe dele, eu fiquei na casa dele para conhecê-las!

Almira: Não se preocupe filha, espera a chuva passar e você volta lá!

Mara: Eu vou mandar mensagem pra ele!. Vejo Maiara entrar na cozinha assanhada, e ainda de pijama, não tinha tomado banho e seus olhos estavam inchados de dormir.

Mai: Irmã... Pensei que você tinha ido embora de novo para o seu AP!

Mara: Ó irmã (eu a abraço) Você não viu a mensagem que deixei no papel encima da cama?

Mai: Não, quando acordei e não te vi eu quase começo a chorar e já saí para te procurar!

Mara: Eu não vou embora, vou ficar aqui para cuidar de você, agora senta aqui que vou terminar de fazer a salada de frutas que você gosta!.

Everton chega em casa, com sua mãe, uma senhora bonita de estatura baixa, seu cabelos longos e pretos exalavam o cheiro de produtos importados, não possuía cabelos brancos já que ela sempre conservava pintando, uma senhora de sorriso fácil e muito simpática, dona Helena. Jéssica era a prima de Everton, sendo sobrinha do padastro dele o dono da fazendo em que hoje é proprietário, viveram juntos desde que Everton passou a morar na fazenda, uma mulher alta de corpo bonito, morena e de lábios marcantes, seus cabelos cacheados e muito bem cuidados, sua presença era notória por onde passava e era muito carinhosa com todos, as vezes era mal vista por ser debochada. Os três chegam na fazenda, o homem estaciona o carro e desce abrindo a porta do veículo para sua mãe e sua prima.

Helena: Obrigada meu filho, enfim em casa!

Jéssica: Muito obrigada priminho, continua sendo o mesmo cavaleiro de antes!

Everton: Eu sempre fui, pirralha!. Ela riu e pegou sua mala, entram em casa.

Everton: Fátima?(ele carregava uma mala e uma bolsa de sua mãe)

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