Capítulo 115

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Mara: Porque está nervosa irmã? Você ainda não esqueceu ele né, ele ainda mexe com você!

Mai: Irmã, não é fácil esquecer um amor tão puro quanto o nosso, tão bonito, não dá pra esquecer assim tão rápido!

Mara: Mas já faz meses que vocês não estão juntos, assim como já faz meses que você está com o Hugo, ou não o ama?

Mai: Claro que amo, eu e Hugo temos uma quimica ótima, mas a ligação que tenho com o Yan é inexplicável, nunca senti isso!

Mara: Olha ali a Marília, acabou de chegar con o Murilo e a dona Ruth, vamos logo!. Saímos do carro, me aproximei da minha amiga.

Marília: Vocês vinheram, minhas pequenas!.

Mai: Acha mesmo que iríamos perder essa oportunidade de ouvir o coraçãozinho do Léo bater?

Marília: Eu amo vocês!. Ela nos abraçou, mas logo quis se soltar.

Marília: Me larguem, eu amo vocês mas não precisa desse grude!

Mara: Voce não muda nunca, leoa!. Rimos e entramos juntos. Ficamos em um corredor perto dos consultórios, quando percebo de um lado do corredor vindo alguns profissionais, logo vejo Yan no meio deles, senti meu coração acelerar de uma forma incontrolável, mas eu tive que manter minha postura para não deixar isso a mostra.

Yan: Bom dia a todos, como você está Marília?

Marília: Ansiosa para ver o rosto do meu filho!

Yan: Acalma-se, já é para nascer essa semana, vou encaminhar você para fazer a ultrassom, depois você se consulta com o obstetra, mas vou continuar te acompanhando de perto!. Fomos todos para a sala de ultrassom, Marília se acomodou na cama, eu fiquei mais perto da porta, a sala ficou um pouco escura,  até que Yan entra na sala e fica bem perto de mim, parece que ele não tinha percebido minha presença. Eu fiquei quieta, até começamos a ouvir os batimentos cardíacos do nosso Léo.

Mara: Aí que felicidade, irmã!. Ela me abraça e então Yan me vê, nos encaramos por alguns segundos mas eu desviei o olhar. Depois que o médico mostrou que estava tudo bem com Marília e Léo, nós saímos da sala, ela foi para o consultório médico e resolvi sair dali, não queria ter que encarar Yan de novo, eu estava fugindo desse problema. Sento em um banquinho do lado de fora do hospital, dava pra ver o estacionamento, consigo identificar Yan e Raíssa conversando perto de um carro, ele dá um beijo no rosto dela, a mulher entra no carro e sai, eu abaixo a cabeça e tento entender o que eu estava sentindo nesse exato momento. Fecho os olhos ainda de cabeça abaixada, sinto o perfume dele aumentar, ele continuava usando o mesmo perfume. Ele senta do meu lado, meu coração mais uma vez acelera, e dessa vez eu sinto minhas mãos suarem.
Yan: Como você está?

Mai: Muito bem!

Yan: Que bom!

Mai: E você?

Yan: Bem... Mamãe Helena sempre aparece!

Mai: Fico feliz por isso, e Cecília como está?

Yan: Está ótima, eu a perdoei, estamos vivendo bem!. Ficamos em silêncio por alguns segundos, até que ele toma atitude de continuar.

Yan: Soube que você está com o Hugo!

Mai: Sim, resolvi dá uma chance para nós!

Yan: Está feliz?

Mai: Claro, assim como você também está com a Raissa, não é?
Ele apenas confirmou com a cabeça.

Yan: Queria entender porque você sumiu tão de repente, quando eu estava em cama!

Mai: Eu sumi? Não meu querido, você estava muito bem acompanhado e eu vi que não precisava de mim para nada mais!

Yan: Do que está falando Maiara? Eu precisava de você comigo, mas você preferiu voltar para Goiânia para os braços do outro!

Mai: Você não sabe o que está dizendo, você não sabe o que eu vi!

Yan: E o que você viu?

Mai: Isso já não Improta mais, já faz tanto tempo, vamos deixar o passado no lugar dele!. Me levanto para sair mas ele segura em meu braço se levantando também.

Yan: Me responde só uma coisa, você ainda me ama?

Mai: Eu espero um dia poder tirar você de mim!. Ele solta meu braço e eu entro na clínica de novo. Depois da consulta da Marília, ela estava liberada para ir para casa. Fomos caminhando e eu fui a última, de longe vi duas recepcionistas parabenizando Yan, estranhei. Ele saiu, se eu fosse me aproximar delas elas iriam lembrar de mim, puxei Maraísa em um canto enquanto Marília tirava fotos com algumas pessoas.

Mai: Irmã me faz um favor, vai naquelas mulheres ali e pergunta se o Yan está fazendo aniversário hoje, elas estavam parabenizando ele!

Mara: Tá bom!. Ela estranhou mas foi, conversou com as mulheres e logo voltou.

Mai: E aí?
Mara: No carro eu te falo!. Estranhei, mas aí despedimos da Marília e sua família e fomos para o carro.

Mai: Pronto,  e aí?
Maraísa segurou o volante e não olhou pra mim.

Mai: O que foi Maraisa? Fala!

Mara: Ele vai ser pai!. Senti meu corpo inteiro gelar, senti a garganta secar.

Mai: Quem é a mulher?

Mara: Raíssa!. Por um impulso eu saí do carro.

Mara: Maiara? Onde você vai?
Entro na clínica e vou até o consultório dele, nem bato na porta, apenas entro, mas ele estava com um paciente, que já estava saindo, tranco a porta depois que a pessoa sai.

Yan: Porque está trancando a porta?

Mai: Vamos esclarecer as coisas entre nós!

Yan: Tudo bem!.

Mai: É verdade que você vai ser pai?

Yan: Sim!

Mai: Com a Raíssa?
Ele abaixou a cabeça por alguns segundos e só confirmou com a cabeça.

Mai: Como imaginei, então antes do seu acidente você já estava com ela?

Yan: Não, foi muito tempo depois, eu estava carente, sozinho, ela sempre estava ali do meu lado, e acabei aceitando ficar com ela, mas porque você acha que eu já estava com ela?

Mai: No dia em que eu fui embora, eu fui na sua casa, e te vi dormindo junto com ela!

Yan: Não Maiara, quando eu acordei ela já estava lá, você acha que eu faria isso com você?

Mai: Eu não sei de nada, mas... Vocês estão juntos?

Yan: Sim.... Desculpa!. Senti um nó se formar em minha garganta.

Mai: Não tem por que pedir desculpas, seja feliz!

Yan: Lhe desejo o mesmo, você foi alguém muito importante pra mim!.

Mai: Você também!. Ele levanta e se aproxima de mim, acaricia meu rosto e me olha nos olhos.

Yan: Espero que um dia eu deixe de te amar e consiga ser feliz, por que te esquecer é impossível!. Soltei um sorriso de lado e nos abraçamos. Sai do consultório dele e fui para o carro, deixei as lágrimas rolar.

Mara: Não fica assim, vai ser só mais uma decepção amorosa!

Mai: Dessa vez é diferente, não sei se vou ser capaz de esquece -lo!

Mara: Não precisa esquece-lo ou deixar de ama-lo, apenas seja feliz independente com quem você vai está!

Mai: A geladeira lá de casa está abastecida?

Mara: claro!

Mai: Então vamos pra casa, por que eu quero começar o show de hoje bêbada!. Ela deu a partida no carro e fomos embora.

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