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Capítulo quatro: Uma perfeição de mãe.

Por: Andrew DeLuca.
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"Às vezes o homem prefere o sofrimento à paixão."

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  Sentei a mesa com minha mãe, essa semana meu pai estava fora, em Washington para ser mais específico, fechando acordos para novas obras na cidade, não era nenhuma novidade, quando a viagem era mais longa minha mãe o acompanhava, mas na maioria do tempo ela ficava comigo, mesmo falando que não me importava de ficar sozinho, porém também não me importava que ela ficasse, nos dois sempre nos demos bem, ela gostava de ouvir qualquer coisa que tinha pra contar, por mais idiota que fosse, mas hoje o assunto era o trabalho do professor Edmund, minha equipe havia se reunido para falar sobre o trabalho, passamos a tarde toda no escritório montando nossa história e só saímos quando chegamos em um consenso, cada uma montaria uma parte do trabalho e amanhã nos reuniremos outra vez para chegar ao acordo final, era sobre isso que eu falava, explicando a ideia que tivemos, e como uma boa mãe Elise ouvia atentamente e dava sua opinião, após o jantar ficamos na sala assistindo mais um filme antigo "bonequinha de luxo" o favorito dela, quando passava das dez falei que daria uma volta com uns amigos e minha mãe disse que ia dormir, estava saindo quando passei no seu quarto para dar boa noite e a ouvi ao telefone com meu pai, dei boa noite e sai, encontrei alguns amigos em uma boate da cidade, sempre cheia, principalmente de garotas.

Olhei a loira esguia que dançava, seu corpo parecia flutuar como pluma solta, por um segundo me fez lembrar da irritante Meredith Grey, mas dúvido que ela tivesse outra habilidade além de ser irritante e metida, duvido que se tivesse seria dançar de uma forma tão sensual, me aproximei mais e perguntei.

- está acompanhanda?

A loira virou e me olhou com um meio sorriso então respondeu - sim!

- que pena - ia me afastar, mas ela segurou minha mão.

- se você quiser! - ela completou.

- adoraria.

- sou Melissa.

- Andrew... É um prazer conhecer você Melissa - falei muito perto dos lábios dela.

Começamos a dançar agora juntos, um tempo depois fui até o bar e nos comprei bebidas, meu amigos chegaram e ficamos todos juntos em uma mesa, Melissa era linda e de fato tinha lindos olhos azuis, mas não era tão inteligente, seu assunto mais interessante foi sobre moda, roupas e marcas, ok, não dá pra se ter tudo, ela até que era divertida, na minha opinião pelo menos, dançamos e bebemos mais, lhe roubei um, dois, vários beijos, até ela dizer que era hora de ir.

- posso te acompanhar?

- depende de onde iremos juntos!

- você escolhe - sussurrei em seu ouvido.

- vamos.

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Acordei do lado da garota loira, olhei a hora, já era dia, quase seis da manhã, me vesti rápido, peguei o bloquinho que estava sobre a mesinha ao lado da sua cama e escrevi "adorei te conhecer, mas preciso muito ir, o dever me chama" deixei abaixo um número que não era meu e um "beijo".

Sai devagar sem lhe acordar e voltei pra casa.

Entrei em passos lentos e silenciosos, passei pela porta do quarto de minha mãe que estava fechada e fui para minha cama, me joguei nela e tentei dormir mais até o horário que combinei de encontrar com a galera do trabalho, ele viriam outra vez para continuar de onde paramos, até às dez teria tempo para domir.

Acordei com a batida suave na porta e a voz melodiosa de Elise, ela parou ao lado da minha cama e acariciou meu cabelo.

- seus amigos chegaram.

- obrigado... Diz que já estou descendo? - pedi.

- claro, mandei preparar um lanche para eles, seu pai avisou que chega a tempo do jantar.

- que bom, bom dia mamãe.

- bom dia querido - Elise beijou meu cabelo e saiu do quarto logo depois, levantei da cama e fui para o banheiro, escovei os dentes e tomei um banho rápido, vesti algo e desci na mesma presa do banho, encontrei o pessoal na sala de jantar todos comendo, minha mãe era boa nisso.

- bom dia - falei e todos responderam.

Sentei em uma das cadeiras e comecei a comer também, e o assunto do trabalho começou outra vez, após o comer voltamos para o escritório para terminar o projeto que eu particularmente achei ótimo, duvidava muito que o grupo de Meredith tivesse alguma chance.

O restante da manhã foi toda dedicado ao trabalho, minha mãe avisou que havia mandado preparar nosso almoço, juro que tinha a melhor mãe do mundo, quando Alisa serviu paramos para comer e depois voltamos ao objetivo, no final da tarde estava tudo planejado, no dia seguinte já teríamos o que apresentar para o professor, quando meus amigos foram embora fui para o quarto e me joguei outra vez na cama.

Peguei o livro que estava lendo atualmente e continuei, mau vi o tempo passar quando Elise avisou que meu pai havia chegado, deixei o livro de lado e desci para falar com ele, sentamos os três para jantar e conversar, Bernardo falou sobre sua viagem e as coisas que conseguiu por lá, acho que não lembro de ter tido um momento ruim em minha vida, meus pais sempre foram dedicados e amorosos, Elise sempre prestativa, sua atenção as minha necessidades sempre foi sua maior preocupação, quando ela falava que deixou de ser cantora para ser mãe ela falava sério, e Bernardo mesmo viajado sempre quando estava em casa era um pai excelente, após o jantar ficamos na sala conversando e foi minha vez de contar as novidades.

No final do dia dei boa noite para eles e voltei para meu quarto, li a mensagem de Mark me chamando para outra balada, mas dessa vez eu recusei, precisava estar bem para a aula de amanhã, digitei uma mensagem falando que estava com meus pais, que Bernado havia acabado de chegar de viagem, teria que recusar, sua resposta chegou em seguida "papinho, mas beleza, a loira de ontem tá aqui, falou que seu número não chama" digitei uma mesma urgente "não se atreva a dar meu número verdadeiro", fiquei olhando a tela "imaginei" falei que era esse mesmo que havia dado, de nada babaca", tudo o que eu não queria era uma garota no meu pé.

Me sentia jovem demais pra escolher alguém com quem ia dividir a vida, eu sabia que quando acontecesse não seria por já ter "idade o suficiente", com base e todos os romances que já li, nos filmes que assisti e na própria história de amor dos meus pais eu sabia que o amor só acontece sem perguntar se era cedo demais, então minha tática era não me apegar, evitar saber muito sobre a pessoa achar algo em comum com ela, tava dando certo, eu não queria ter que abrir mão de nada por ninguém, eu sabia que minha mãe era feliz com sua escolha, mas ela era uma cantora famosa e decidiu ser só a senhora DeLuca e uma boa mãe, seu talento foi ficando de lado, eu não queria isso.


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Andrew e sua vida perfeita.

Love storyOnde histórias criam vida. Descubra agora