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Capítulo sessenta e cinco: meu lar.
Por: Meredith Grey.
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Lar nem sempre será ONDE! As vezes é QUEM!
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- o que vai fazer? - perguntei quando Andrew levantou da cama.- só pegar o óleo que comprei... O farmacêutico falou que vai ajudar com hematomas - Andrew pegou a sacolinha da farmácia - e a relaxar.
- hum... Minha barriga está roncando - falei sentando na cama e fazendo cara de sapeca.
- já pedi comida para alimentar seu leão - Andrew sentou na minha frente e pegou minha perna, dava pra ver alguns arranhões e marcas roxas.
- você brigava muito?
- brigava?
- bom, eu sempre notei que é meio cabeça quente, mas você não perde a oportunidade de bater - comentei rindo - já brigou antes? Falo de apanhar também.
- já bati mais que apanhei - Andrew respondeu - na escola... Uma vez meu pai foi até lá por que entrei em uma briga com um garoto.
Por sua expressão dava pra ver que não havia arrependimentos.
- e por que brigou?
- ele chamou um colega de ... "Viadinho" ... Eu falei que se abrisse a boca outra vez pra falar do meu colega ia arrancar um dente dele fora.
- ele fez!
- fez! Não arranquei um dente, mas quebrei o nariz dele, nossa ainda lembro a sensação do nariz dele sendo esmagado - foi bem parecido com o que fiz hoje com Derek! Será que consegui quebrar o nariz dele? - ele me devolveu o soco no estômago, e nos rolamos no pátio da escola... Foi divertido.
- e o que seu pai fez?
- ele foi até a escola - Andrew estava rindo, suas mãos subiram e desciam em minha perna - ouviu tudo, depois me levou para casa, estava furioso ... Eu filho do deputado em uma briga de escola - pelo seu tom de voz de sabia que não havia arrependimento mesmo, e que Andrew tinha um lado que adorava brigar - quando chegamos em casa perguntou por que eu havia brigado, contei a verdade e acrescentei "vou brigar sempre que alguém for preconceituoso ou racista, você me ensinou a defender as pessoas"...
- venceu no argumento - estava rindo.
- venci, meu pai me olhou tentando ficar sério, mas eu sabia que ele não estava com raiva de verdade, só estava por que teve que ir a escola.. me fez jurar que na próxima esperaria estarmos fora da escola.
- não acredito.
- foi papo de homem, na frente da mamãe ele me deixou sem tv e vídeo game por uma semana... Falou que aquilo era um absurdo, e coisas do tipo.
- seu pai é uma comédia.
- foi a última vez que briguei na escola.
- e depois?
- só uma... Não sou assim também, e aquele babaca mereceu cada soco que levou, e ainda foi pouco.
- não sei se é o óleo ou suas mãos, mas isso está muito bom.
- podemos descobrir - suas mãos subiram mais em minha perna.
- a comida chegou - ouvimos Lexie batendo na porta.