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Capítulo oitenta e quatro: me deixa ficar.

Por: Andrew DeLuca.

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"Tudo está em suas mãos. Você pode me salvar ou me exilar. Basta uma palavra. Ela pressionou o rosto no peito dele, perguntando-se se algum dia tivera escolha."

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Eu começava a gostar da sensação de estar com minha mente cansada, depois de uma tarde toda lendo resumos, revisando e catalogando, me sentia cansado, e satisfeito, voltei para casa sonhando em comer e me jogar na minha cama, ligar para minha noiva e falar que senti sua falta, mas principalmente que ela é uma das melhores, escrever é fácil, mas fazer algo bom, algo válido, algo que seja bom o suficiente para virar um livro físico e ser publicado não é tão fácil, entrei em casa e fui direto para a cozinha, já passava da hora que Elise costumava jantar, e Bernardo estava viajando, sentei para comer na cozinha mesmo, sorri para Aurora que me viu ali, depois de comer e repetir lavei meu prato.

- obrigado Aurora, você ainda é a melhor cozinheira.

- só por que não sabe fritar nem um ovo.

- por isso também. - concordei saindo da cozinha.

Só um banho, e ligar para Meredith, entrei no quarto e ... Acho que dormi em pé, ou minha linda Meredith estava dormindo em minha cama? Desde que horas?

- ela tá aqui a tarde toda - ouvi a voz baixa e doce de Elise, olhei para o lado e sorri, minha mãe estava com aquele seu olhar maternal.

- oi mãe.

- oi amor.

- o que aconteceu?

- pelo que entendi ela e Lexie brigaram... ela chegou bem triste, perguntou se podia ficar aqui, não queria ir para casa das amigas, por que não queria conversar... Então falei para ela subir e descansar.

- elas está brigando desde ontem - falei no mesmo tom baixo - é horrível se sentir impotente, mas não posso me meter.

- elas vão dar um jeito, você pode só apoiar Meredith, ela só precisa disso, Meredith tem uma mente brilhante, mas também cheia... E isso é bom e ruim ao mesmo tempo.

Elise era muito observadora, acho que quase nada passava despercebido aos seus olhos atentos.

- ela já me falou, eu imagino que não é fácil.

- mas você é muito bom em ser um bom namorado e amigo - minha mãe fez um carinho em meu rosto e se afastou.

Respirei fundo, entrei de vez no quarto e fechei a porta, me livrei dos sapatos e das meias, joguei o casaco no sofá e fui para a cama, Meredith estava deitada em posição fetal, seu cabelo caindo em uma cascata loira sobre seu rosto, acho que nunca esteve tão longo quanto agora, não desde que a conheço pelo menos, era lindo, um loiro totalmente natural, com algumas mechas mais claras, beijei seu rosto e me ajeitei como se pudesse lhe proteger só com meu abraço, ouvi ela puxar o ar com força e soltar devagar.

- lar - uma única palavra e meu coração deu um triplo mortal, vai com calma aí cara, precisamos de bastante saúde para viver muitos anos.

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