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Capítulo seis: As marcas que a vida tem me deixado.Por: Meredith Grey.
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"Eu posso ter perdido meu coração, mas não meu autocontrole."
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Deixei as rosas amarelas sobre a lápide da minha mãe, eram as favoritas dela, e Lexie ajeitou o outro buquê com todos os tipos de flores que achamos na floricultura, como meu pai gostava, colorido e cheio de vida, bem como ele viveu, sempre animado e cheio de vida, Richard nos abraçou por um tempo, mas ninguém chorou, depois de um tempo a ferida se fecha e só resta uma cicatriz que você olha e pensa 'ah, foi mesmo eu me machuquei aqui', então lembra que no dia doeu tanto que achou que aquilo nunca ia passar, mas com o tempo a ferida foi sarando, sarando, sarando, até cicatrizar e ficar só a marca, e marcas não doem, marcas são só marcas, elas só nos fazem recordar a dor que um dia sentimos, mas simples não dói, só incomoda.
- o que querem fazer agora?
- preciso ir pra casa, tenho muita matéria pra repor, e ainda não estou muito bem - murmurei.
- então podemos ficar em casa e pedir comida - Richard sugeriu.
- pode ser - concordei.
Lexie deu a volta e pegou minha mão, olhei minha irmãzinha e sorri, éramos só nós, e eu sempre cuidaria dela.
- desculpa por hoje cedo... Eu sei que também é difícil pra você.
- tudo bem, delicadeza não é seu forte - ela riu.
- eu te amo muito Lexie.
- te amo merzinha...
- e eu amo vocês ... Ninguém me ama aqui? - Richard perguntou rindo.
- nos te amamos padrinho - abraçamos ele ao mesmo tempo.
Quando levantei meu rosto me deparei com DeLuca caminhando ao lado de uma mulher de cabelos escuros e bem vestida, eles vinham na nossa direção, não exatamente na nossa direção, mas era na direção que estávamos.
- Grey? - ele soltou surpreso ao me ver.
- DeLuca, tudo bem?
- oi, sou a Lexie, irmã da Grey - ela se apresentou.
- Andrew, e essa é Elise, minha mãe.
- Elise Bianchi! - Richard completou.
- sim! - Elise concordou.
- minha esposa era sua fã - ele falou animado - fomos a um show seu muitos anos atrás na Itália, no nosso primeiro ano de casados.
- que honra... Vieram visitar o túmulo dela? - Elise perguntou com delicadeza.
- dos pais das meninas na verdade - Richard respondeu no mesmo tom - os perdemos a quatro anos - sua explicação veio com facilidade, olhei em direção a o DeLuca e vi a pena em seus olhos, aquilo me embrulhou o estômago, mas dinwje já estava.
- sinto muito, perdi meu pai a doze anos... Entendo a dor de vocês.
- obrigada - Lexie murmurou.
Me mantive calada, Elise falou que estavam ali para visitar o túmulo dos avós paternos de Andrew, ela continuava fazer isso todo mês, Richard ouviu e conversou até que finalmente decidiram que chegava de formalidades e conversa sem sentido, em cinco minutos DeLuca soube mais da minha vida do que em dois anos estudando juntos.