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Capítulo um: não é tão fácil escrever um romance!

Por: Meredith Grey.
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"Ó sonho, onde estás agora?
Os longos anos já passaram,
Depois que sobre tua fronte
Eu vi a luz morrer,
E devagar tornar-se em podridão."


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Toda a história de amor começa do mesmo jeito: Era uma vez uma garota que esbarrou com um garoto e 'bum' amor! Era fácil, tudo o que eu precisava fazer era escrever isso, 20 anos e mais de 800 livros de romances lidos, de Jane Austen a Collen Hoover, se era romance eu li, por que então era tão difícil escrever um livro? Jane escreveu seu primeiro romance aos 17 anos, Mary Shelley escreveu "frankenstein" com 18 anos, eu já estava atrasada 3 anos, claro que a essa altura já tinha vários rascunhos, mas nada completo. Não era possível que não era capaz de escrever, eu não era nenhuma virgem imaculada, já havia namorado, nunca me apaixonei ou amei alguém perdidamente como senhor Darcy amou Elisabeth, eu acho que de todas as declarações literárias já escritas essa é uma das minha favoritas, só perdendo para a declaração mais épica e atemporal de todas: Seja qual for a matéria de que as nossas almas são feitas, a minha e a dele são iguais. Emily Brontë era sem dúvidas uma das minhas autoras favoritas, sua escrita e a forma que já via o mundo mesmo naquela época foi revolucionário.

Já deu pra perceber que sou uma viciada por livros, e foi por isso que decidi estudar literatura inglesa, nada me fascina tanto quanto livros, Lexie minha irmã caçula, diz que sou louca por adorar ler, ela tem zero paciência e os únicos livros que lê e nem é por vontade são os da faculdade, ela cursa medicina, só por aí já de sabe que somos oposto uma da outra, mas não é só isso, eu sou loira de olhos azuis, e ela tem cabelos castanho escuro e olhos verdes como os da nossa mãe, já eu herdei a genética do nosso pai, temos um ano de diferença, isso só nos tornou ainda mais unidas, principalmente há quatro anos quando nossos pais morreram, foi uma fatalidade, mas tivemos sorte por termos Richard e Adele, nossos padrinhos que cuidaram de nós como suas filhas, mas a uma ano e meio perdemos Adele para o câncer, foi depois disso que Richard passou a viajar com frequência, uma parte minha queria ficar magoada, porém outra entendia, ele perdeu o melhor amigo e menos de dois  anos depois a mulher que amava, era muita coisa para aguentar.

Mas mesmo a distância ele cuida de nós, e uma vez por mês passa um final de semana conosco, Lexie e eu não somos ricas, mesmo Richard tendo bastante dinheiro e dizendo que um dia nós herdaremos tudo, porém prefiro manter nossos gastos apenas no básico, ele já é generoso o suficiente nos sustentando, pagando nossa faculdade e nossas despesas, ainda manda um pouco de dinheiro para outras despesas, eu amo Richard, nos últimos anos tem sido minha figura paterna, mas ainda sim sinto falta dos meus pais, a questão é que: não dá pra mudar o passado.

Tantas histórias de amor já lindas e presenciadas, mas eu ainda não consigo escrever, os homens de certa maneira são um mistério pra mim, o modo que eles amam é diferente, o modo que expressão sentimentos é ainda mais, isso quando eram capazes de fazer, eu nunca tive a sorte de esbarrar em um que não quisesse só me levar pra cama, na verdade a minha sorte nem chegava a isso, a questão era: eu precisava de ajuda com isso, de alguém que me ajudasse a entender a mente masculina, e que lugar melhor que a faculdade? Cheio de homens, mas não dava pra apenas ir lá e pedir "sabe tô tentando escrever um livro, mas não entendo muito sobre homens, posso te observar?" Seria chamada de louca, então eu só realmente ia olhar e fazer anotações, talvez assim conseguisse criar meu personagem.

- creio que nessa fala nosso autor quis expressar sua opinião contrária ao que a maioria das pessoas pensa sobre... - o garoto rico e mimado abriu sua boca idiota - sabemos que ele preferiu não viver a encarar o mundo.

Love storyOnde histórias criam vida. Descubra agora