89.

44 7 1
                                    

~•~

Capítulo oitenta e nove.

Por: Andrew DeLuca.

~•~

Carregamos dentro de nós as coisas extraordinárias que procuramos à nossa volta.

~•~

Lembro que na escola sempre ganhava estrelinha por bom comportamento, por boas notas, mesmo com meu temperamento, sempre fui bom aluno, principalmente em português, literatura, história e arte, eram minhas matérias favoritas, já nessa época sabia o que eu queria ser, minha paixão pelo cinema começou cedo, mas eu não queria apenas isso, os livros também era meu mundo, por isso estudei literatura, e penso em um dia estudar cinema mais a fundo, eu sempre tive muitos sonhos e não imaginei que um deles aconteceria tão cedo, a maioria das pessoas acha que a vida só começa depois da faculdade, eu achei que comigo seria assim, me enganei feio, eu já estava vivendo meus sonhos a um tempo, desde que conheci Meredith e me reencontrei.

Hoje era a prova disso, que eu estava começando a trilhar o meu caminho, e nele eu não estava sozinho, passei meus dedo na gola da camisa e alinhei perfeitamente em meu pescoço, o evento não pedia trage a rigor, era um pouco mais informal, então sem gravata, mas ainda queria estar bem vestido afinal eu era o primeiro lugar. Então calça de alfaiataria preta, camisa gola alta na mesma cor e o blazer no mesmo desenho da calça, tudo bem alinhado, arrumei meu cabelo, Meredith não Gustava dele assim.

- mãe, pai, to saindo... Vou buscar a Meredith, nos vemos lá.

- calma aí menino - Elise saiu do quarto - meu bebê, você tá lindo.

- obrigado mãe - beijei seu rosto - nos vemos lá.

- cuidado.

- sempre tenho.

Quando entrei no carro avisei Meredith que estava a caminho, me sentia extremamente eufórico, toda vez que pensava no prêmio eu sentia o mesmo frio na barriga, como se tivesse acabado de receber a notícia, acho que só cairia a ficha no dia do festival. Parei o carro em frente a casa de Meredith, não sei se aguentaria até a formatura para realmente dividir minha vida com ela, dividir todos os dias, todas as noites, sem interrupção, bati na porta e esperei, Mark abriu a porta junto com a abelhinha que estava pronta para dormir, dava pra ver por seu pijama.

- oi princesinha - fiz um carinho em sua bochecha gigante e rosada.

- oi também.

- oi - sorri para meu amigo - cadê a Lexie?

- no banho, Susan sujou a mãe de goufo.

- que sapeca você - sorri para a neném.

- tá bonitão, Meredith tá no quarto a tarde toda, eu acho mesmo que ela tá destruindo aquele lugar.

- devo me preocupar? - perguntei entrando e arrancando Susan dos braços do pai - por favor não suje seu tio.

- acho que não tem o risco, já fez com a mãe dela.

- garotinha esperta - falei em um tom infantil, dei mais um cheiro no cabelinho dela, por que bebês tem um cheiro tão bom? É quase viciante, mais um cheiro, e outro e a entreguei ao pai - Meredith?

- já tô indo - ouvi ela anunciar.

Logo depois a porta se abriu, e PUTA QUE PARIU! se eu já não fosse completamente e irrevogavelmente apaixonado por aquela mulher esse seria o momento que aconteceria. Meredith usava um vestido preto na altura dos joelhos de tule, com vários paetês formando um desenho bem elaborado por todo o tecido, as mangas longas, ombros baixos, o tecido se moldavam ao seu corpo curvilíneo. Seu cabelo estava liso, sem nenhuma onda mínima, sua maquiagem era suave, mas com um pouco de brilho, olhei ela de cima a baixo me sentido sem fôlego.

Love storyOnde histórias criam vida. Descubra agora