~•~Capítulo nove: Uma história de tirar o fôlego.
Por: Andrew DeLuca.
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"O amor é pros que aguentam a sobrecarga psíquica."
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Uma coisa eu precisava admitir Meredith está se saindo muito bem, e a história era incrível, a narrativa recomeçou agora falando sobre a dor da separação e que Morte estava cada dia mais triste desde que precisou deixar Vida, a comparação era instigante, era fácil de entender a moral daquela peça, havia sim um sentido incrível por trás de tudo.
As cortinas voltaram a abrir e Meredith estava outra vez sentada no meio do palco, sua expressão era de dor, ela estava mandando muito bem.
- Morte - Adam entrou usando roupas escuras.
Já Meredith usava roupas brancas, um vestido longo todo bordado, seus cabelos estavam presos como sempre, mas sobre sua cabeça tinha uma coroa de flores rosas muito suave.
- Vida - ela estendeu a mão para ele - por que veio?
- me diga - ele se ajoelhou diante dela e pediu suas mãos, sua entonação trazia a dor do momento - por que não me ama mais.
Um breve olhar deles e Meredith sussurrou.
- eu te amo, te amo um pouco mais a cada dia - Meredith puxou sua mão e cobriu o rosto com as duas, foi possível ouvir o soluçar do seu choro.
- então por favor me conte o que está acontecendo, por que me deixou?
- meu pai...
- ele não me aceita? Me diga...
- eu nunca poderia beijar teus lábios... A em mim uma maldição, e a carregarei por toda minha existência... Só se acabará com meu fim, mesmo que te ame tão profundamente como amo, não posso te ter.
- não entendo - ele levantou rápido e deu as costas para Meredith - se me ama assim por que não pode me beijar? Que maldição tão cruel é essa que te impede? - sua pergunta saiu dura.
- a morte está sobre meus lábios, se eu te beijar.
- eu morrerei? - Alan virou rapidamente e voltou a olhar Meredith - é isso?
- não, um inocente morrerá.
- só teus lábios carregam esse fardo?
- sim....
- posso segurar tua mão? Ou tocar teu rosto? - ele voltou a se ajoelhar diante dela.
- sim!
- posso deitar ao teu lado sobre o seu estrelado? - ele pegou as mãos dela.
- sim - a voz dela saia embargada.
- posso te abraçar e te ver sorrir? - uma pausa e Alan acariciou o rosto dela.
- pode.... Sempre.
- então eu não me importo em não tocar seus lábios.... Se esse for o fardo que preciso carregar farei...
- não tem que fazer isso - Meredith levantou de uma forma delicada e se afastou.
Ela me viu ali parado e ficou me olhando.
- eu amo teus lábios, e imagino que são doces e macios... Mas estes são só a terceira coisa que mais amo em ti...
- quais são as outras? - ela perguntou ainda me encarando.