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Capítulo noventa e quatro: viver de verdade.

Por: Meredith Grey.

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Triunfam aqueles que sabem quando lutar e quando esperar.

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- eu não tenho cinco anos, não precisa me colocar para dormir.

- shii... Meu noivo, minha casa, minhas regras, agora vêm aqui e deita - abri meus braços e esperei.

Andrew exitou perto da cama, mas no final deitou em meus braços, não importava a idade, todos mereciam carinho e colo em momentos difíceis, passei meus dedos em seus cabelos úmidos, depois beijei eles.

- seu?

- meu, esqueceu? Somos egoístas... E possessivos. Agora tenta dormir, esta tarde.

- claro - Andrew sorriu - eu te amo tanto que odeio te amar.

- a roubando falas, isso é bem sua cara  - soltei uma risadinha - nós vamos estar juntos sempre... Na alegria e na tristeza.

- eu aceito - Andrew levantou o rosto e me olhou nos olhos, passei minha mão por seu rosto e o beijei.

- tente dormir... Vou estar aqui quando acordar.

-

depois só eu roubo falas.

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  As vezes eu me sentia intensa demais, ou talvez dramática demais, talvez realmente fosse dramática demais, ver Bernardo quase morrendo me abalou, me tirou o sono, não dormi quase nada, o pouco que dormi sonhei com Bernardo, estava de pé muito cedo, passei um tempo olhando Andrew dormir. Será que realmente nosso amor era intenso demais? De uma forma pouco saudável? As vezes eu pensava sobre isso, sobre como éramos intensos, eu preferia sofrer ao ver Andrew no estado que o vi no hospital. Coitado do meu pobre coração que prefere a própria dor. "Pode partir meu coração mil vezes se desejar, sempre foi seu para fazer o que quiser." Kiera estava certa.

- ele sempre foi seu afinal - sussurrei como se Andrew pudesse ouvir.

Levantei do sofá e segui para a cozinha, ainda era cedo, mas Lexie estava preparando a mamadeira de Susan.

- caiu a cama?

- quase.

- o que te fez perder o sono? - ela me deu uma olhadinha, me conhecia bem.

- fiquei sonhando com o Bernardo no chão, eu tentando reanimar, e depois alguém falava que ele estava morto, continuava a tentar reanimar, mas falavam "desisti, ele morreu, você tem que falar para ele que o pai morreu" ... Sentia uma dor tão grande.

- você só está mexida, mas tá tudo bem.

- os médicos falaram que se eu não tivesse começado a reanimação logo, Bernardo não teria sobrevivido.

- você não me contou isso!

- sabe que não gosto de contar vantagem... Mas, eu quase travei, quase fiquei lá paralisada só olhando ele inconsciente.

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