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Capítulo cinquenta e nove: A culpa é sempre dos pais.

Por: Andrew DeLuca.

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Os pais somente podem dar bons conselhos e indicar bons caminhos, mas a formação final do caráter de uma pessoa está em suas próprias mãos.

Anne Frank

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  Levei Meredith para casa, ela parecia calma e feliz, assim que entramos no carro ligou o som e começou a cantar, uma alegria contagiante, era prazeroso ver ela assim tão leve, eu não queria estragar o momento, mas eu tinha uma pergunta martelando na cabeça, senti aquela pequena falha no seu cabelo, a marca que me parecia uma cicatriz, agora estava dividindo entre perguntar ou não.

- sério! Tá saindo fumaça da sua cabeça - Meredith murmurou abaixando o volume da musica.

- admito, você é muito observadora - respondi no mesmo tom calmo dela.

- sou sua namorada, e estamos juntos a tempo suficiente, você só usa as duas mãos no volante quando está pensando... Ou quando estava com o braço quebrado, mas isso não conta - ela sorriu.

- nem eu tinha percebido isso - falei olhando minhas mãos no volante.

- então?

- quando estavamos na cama - comecei cauteloso - sabe?

- sei - ela riu - ok! Vou te poupar da tortura de tentar ser delicado e perguntar sobre o cabelo - seu sorriso desapareceu tão rápido quanto apareceu.

- foi no acidente com seus pais?

- hum - Meredith olhou para fora do carro, estava decidido entre a verdade ou desconversar - não.

- quando criança? - tentei outra vez.

- não...

- pode contar? - perguntei.

- eu já contei... Antes do acidente - ela murmurou tentando manter a animação anterior, não deu certo.

- eu não lembro.

- eu sei - Meredith bufou - eu... Caramba isso é pior na segunda vez.

- então não precisa falar ... tudo bem - peguei a mão dela - sério... Não importa.

- importa ... Mas é a merda do importa que fode as coisas depois que é contado - Meredith falou com raiva.

- não vamos foder as coisas... Gosto de manter você calma... E isso me deu muito trabalho essa manhã - falei brincando, Meredith sorriu, ótimo, não queria estragar o dia deixando ela triste.

- eu te odeio sabia? - ela fez uma careta.

- sabia... Mas essa é a parte que eu mais amo em você.

- ahh, claro... Melhor que o amor para alimentar a paixão... Só o ódio.

- eu sempre falo isso - murmurei.

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