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Capítulo cento e vinte e um: Eu também sou boa em ser memorável.

Por: Andrew DeLuca.

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⁠Você merece alguém que te ame a cada batida do seu coração. Que vai estar ao seu lado amando cada pedacinho seu, principalmente seus defeitos.

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Parei o carro na garagem e segui para dentro de casa pela porta da cozinha, ouvi a música familiar que me levou aquela manhã quando trouxe Meredith a primeira vez a casa do lago, ela feliz dançando ao sou de "hello stranger", pareceu outra vida, talvez fosse, uma vida antes do acidente que perdi a memória, já era perdidamente apaixonado por ele e como se não fosse suficiente me apaixonar uma vez, aconteceu duas, duas mil, por que eu acabava me apaixonado a cada nova coisa, estava me apaixonado bem agora.

"Olá estranho... (Ooh) parece tão bom ver você de volta... Há quanto tempo? ...

Parei na sala e vi minha linda Meredith dançando ao som da canção, seu corpo flutuava, ela dançava na ponta dos pés, e girava cantando, ela parecia feliz e diferente.

Não era apenas isso, a sala estava diferente, vi um dos meus projetores posicionado exibindo vídeos nossos nas paredes da casa, dava quase pra se sentir dentro da cena, a vitrola tocando um vinil, a mesa posta para um jantar, vi o meu vinho favorito sobre a mesa, voltei a olhar minha esposa que ainda dançava, seu vestido era um evento a parte, todo moldado ao seu corpo, acima do joelho em um tom de bege todo cheio de pedrarias que davam graça a peça, a parte que mais gostei foi o decote em "v" com alças finas, a parte da saia cheia de pontas irregulares que se moviam no ritmo do corpo dela, mas nada de comparava aos cabelos dela brilhando como o sol, cheios de ondas, acho que sempre seria a coisa 'fisica' que mais amo nela, fui levado longe, aquela tarde que bati na sua porta e a vi de cabelos molhados, a primeira vez que os vi livres do seu cárcere, aquilo me encantou profundamente, aconteceu agora, acho que nunca seu cabelo esteve tão longo, e agora ela já não usava a franja curta, e ainda sim eles eram um espetáculo a parte, flutuando junto com ela.

- o que você fez?

- bem vindo - Meredith virou para me olhar de frente e sorriu - senti sua falta.

- eu também - me aproximei dela e beijei seu nariz - fez tudo isso sozinha?

- algumas coisas... Peguei seu projetor, espero que não se importe - ela sorriu manhosa, mesmo que me importasse, o que não era bem o caso, era só ciúmes de artista, como ela tinha do seu notebook, mas ela dizia que era área proibida, por isso ainda não sabe que eu recuperei o livro que apagou, até por que ainda não usou ele pra isso.

- não me importo... Você montou os vídeos? - olhei um pouco do que era reproduzido.

- só usei um programa de celular pra conectar cenas suas... São os meus momentos favoritos de vários que vivemos... Eu amo o som da sua risada, amo como sempre me entende, amo te ver acordando com o rosto amassado... Sabe que eu sou boa em escrever, você é bom em demonstrar, mas hoje eu queria demonstrar o quanto é amado por mim - senti seu carinho em meu rosto, ela não precisava realmente fazer algo assim, Meredith tinha um jeito peculiar de mostrar que amava.

- nunca duvidei.

- eu sei... Mas eu também sou boa em fazer coisas memoráveis... Temos sua comida favorita, seu vinho favorito, sua "arte" favorita, eu não sei fazer filmes, se não teria feito - Meredith sorriu.

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