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Capítulo dezenove: negação plausível.

Por: Meredith Grey.

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Quem ama extremamente, deixa de viver em si e vive no que ama

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Fechei a porta e fiquei ali, vi pela fresta quando Andrew se afastou e seguiu para o carro dele, depois os faróis acessos, e depois nada, fiquei mais um tempo ali até conseguir me mover, Andrew me beijou, por que ele me beijou? Qual o sentido? Agora tudo ia ficar entranho, por que ele tinha que fazer isso? Andrew não era idiota sabia que eu nunca seria só uma transa, então por que me beijou? Porque eu correspondi? claro por que sou uma idiota, me deixei levar pelo calor do momento. foi uma noite especial, estamos mais próximos e exatamente por isso não quero estragar tudo, na próxima vez que o visse falaria que foi um erro nós bebemos demais, pelo menos eu fiz isso, preferia manter minha relação com Andrew apenas na amizade.

Depois de lutar contra o zíper do vestido que usava apenas tirei toda aquela maquiagem e fui para a cama, só precisava dormir e esquecer o beijo.


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Andrew parecia ainda mais lindo daquele jeito, cabelos desgrenhados, a as mexa irritante caindo em sua testa, um sorriso de lado, e segurando um livro, mas não era por isso que ele me parecia ainda mais bonito que o comum na verdade era por suas roupas do século passado, por um segundo ele me lembrou o senhor Darci, comecei a andar e notei que minhas roupas também não eram comuns, como era difícil andar com aquele vestido longo e pesado, segurei eles e voltei a caminhar na direção dele, pareceu uma longa caminhada, quando o alcancei me sentia exausta, Andrew desviou o olhar do seu livro e me encarou mostrado um largo sorriso que fez meu coração bater mais rápido, pousei minha mão sobre meu peito para o acalmar.

Tão urgente quanto meu coração batia Andrew levantou e pegou minha mão que antes estava sobre meu peito e colocou sobre o seu, e falou.

- ele fica assim sempre que esta perto de você.

- o meu também – confessei.

- você está linda esta manhã – com a outra mão deslizou seus dedos por meu rosto até meus lábios que entre abriram involuntariamente, senti minha garganta ficar seca, meu corpo implorar por mais dele, e ficar grato ao receber, Andrew se aproximou mais e com muito cuidado uniu nossos lábios, os dele eram macios e calorosos, pareciam deslizar sobre os meus com tanta facilidade que parecia uma coisa só, o encaixe perfeito.


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Abri meus olhos e fitei o teto de madeira me sentindo uma idiota, me remexi na cama tentando voltar a dormir e não pensar naquele sonho, mas notei que já era manhã, passei a mão na mesinha ao lado da cama até achar meu celular, olhei a hora e suspirei, pelo menos dessa vez não acordei às cinco da manhã, voltei a fechar os olhos só por hábito por que o sono havia me deixado, voltei a abrir os olhos e dessa vez procurei meu caderno de anotações e comecei a detalhar o sonho que tive, poderia usar ele em algum momento.

Aquele sonho foi tão vivido, quase real! Diferente do primeiro, talvez por que agora eu conhecia o sabor do beijo dele, a macies dos seus lábios, balancei minha cabeça com raiva, voltei a encarar minha tigela de cereal na esperança de não pensar mais que o necessário naquele beijo que não ia se repetir, de jeito nenhum. Minha irmãzinha entrou na cozinha e ficou me olhando desconfiada, eu já sabia o que ela ia falar mas me antecipei.

- primeiro você - sorri pra ela - que horas chegou?

- bom dia maninha - ela fez uma careta, pegou uma tigela no armário e se serviu de cereal - uma hora atrás, ele foi trabalhar.

- e te expulsou?

- na verdade ele sugeriu que eu ficasse... Mas falei que era melhor vir pra casa e ele me trouxe.

- e foi bom?

- foi - Lexie cuxixou e vi seu rosto ficar vermelho - acho que a melhor transa da minha vida... Mark tem uma pegada - ela se abanou de forma teatral - agora sua vez.

- nada, Andrew só me trouxe em casa, tchau e pronto.

- vocês dois - ela balançou a cabeça com frustração - por que não conta pra ele?

- primeiro por que eu tenho vergonha, segundo por que não é da conta dele, terceiro por que somos só amigos e não tanto assim pra trocar confidências, quarto... Eu não quero a pena dele e quinto e não menos importante Andrew não quer uma namorada, só uma transa, e eu não vou ser isso pra ele nem pra ninguém outra vez.

- ok! Não tá mais aqui quem falou.

- desculpa, tive um sonho muito estranho tô de mau humor.

- já tô acostumada, Mark e Alex estão combinando um rolê hoje, você topa?

- pode ser - dei de ombros, talvez fosse bom.


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Uma das vantagens de ser adulto e morar com outro adulto é que vocêstem seu espaço, Lexie e eu tínhamos nosso modo de cuidar de tudo, principalmente da casa, as divisões de tarefas era justa, e cada uma fazia no seu tempo, o importante era fazer e manter a casa limpa, decidi dedicar meu tempo a limpar o que precisava, lavar as roupas e revisar meus capítulos prontos, fazer uns ajustes, na parte da tarde já estava livre, Andrew avisou que ia passar em casa para pegar os novos capítulos e me entregar o que já havia lido, me preparei psicologicamente para esse momento, era simples, só falar que foi bom, mas eramos melhores sendo só amigos. Quando ouvi a batida na porta senti meu coração acelerar, Lexie gritou da sala falando que já estava abrindo, então só ajeitei meu cabelo e sai do quarto, Andrew estava rindo de algo que Lexie parecia ter falado.

- oi Meredith.

- oi DeLuca... Qual a piada?

- nada, sua irmã só estava elogiando Mark, isso me pegou de surpresa - ele contou.

- ah... Entendi.

- vou subir deixar vocês, preciso lavar o cabelo, escolher uma roupa bonita... E... Eu deveria arrumar as sombrancelhas também.

- para que tanta preocupação? Ele já te viu pelada - brinquei, Andrew me deu um olhar tipo: sério que falou isso?

- vai a merda Meredith - Lexie subiu fazendo careta.

- valeu.

- vocês são estranhas - Andrew comentou.

- é coisa de irmãos, mas você não entenderia - falei sem nenhuma maldade, era só um fato, ele não tinha irmãos.

- tenho o Alex, mas é, é diferente - ele me olhou sem jeito de repente - sobre ontem.

- relaxa, foi só beijo... Somos amigos, somos melhor como amigos...

- isso! - ele me encarou - somos melhor como amigos, mas o beijo?

- o que? - encarei Andrew.

- foi ruim?

- ahhh... Isso? - me senti sem jeito.

- isso.

- não foi ruim... Mas não foi certo, nos nunca daremos certo nessa questão.

- tem razão, você é sabichona e petulante.

- e você um riquinho mimado... Que só pega geral - sorri largo - agora chega desse assunto, quero ver o que anotou.

- e eu quero mais capitulos.


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Coitados agora estão negação.

Love storyOnde histórias criam vida. Descubra agora