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Capítulo setenta e nove: abelhinha.
Por: Meredith Grey.
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Eu sou assim:
Mente inquieta,
Pessoa;
Muitas dúvidas;
esperanças;
Meio moleca e muito criança;
Adoro desafios, gosto de ser diferente mas tento parecer normal.~•~
Não sei bem se era minha percepção sobre o tempo, ou ele realmente estava passando rápido, mas, o prazo de "meses" até o noivado simplesmente expirou, faltava uma semana para meu aniversário, eu lutava internamente com meus sentimentos de querer fugir desse momento, encarar o dia da forma correta, uma parte minha sabia que era bobagem não querer comemorar um dia importante, outra parte me dizia que eu tinha meus motivos, e agora havia uma nova parte que gritava em meu ouvindo que era errado privar as pessoas que me amavam de se alegrarem por um dia como aquele, sim! Eu era um caos interno com as malditas vozes que na se calavam, só um dia? Por favor! - Fiquem em silêncio só um dia - eu imploro, preciso me sentir uma pessoa normal um pouco, conseguir manter uma conversa coerente sem imaginar trezentas coisas diferentes.
Me arrastei para dentro da casa me sentindo mentalmente exausta, sentindo vontade de abraçar meu namorado que conseguia acalmar as vozes, mas eu não ia conseguir fazer isso no momento por que ele estava ajudando Vincent com o lançamento de um livro, acabaria ficando na editora até tarde, isso me fez ter pensamentos egoístas - desejar que Andrew ainda fosse só o garoto rico sem preocupações - era totalmente errado pensar isso, mas se fosse assim ele estaria na porta do gabinete do pai a minha espera, e eu teria minha calmaria, mas ele não estava, e eu estava com as vozes gritando.
Eu sabia que era errado pensar assim, claro que isso era só meu lado egoísta, um que eu não dava ouvidos; chutei meus sapatos para fora dos meus pés, tirei o casado e sentei no sofá esticando as pernas sobre ele, deslizei mais e deitei a cabeça no braço do sofá, peguei um travesseiro e o precionei contra meu rosto e soltei um gritinho de frustração.
- se tá tentando se matar, sei de modos mais eficientes - ouvi a voz cheia de diversão de Mark.
Mark! Eu achei que estranharia sua mudança para casa, apesar de ter sido ideia minha a princípio, mas, eu estava acostumada a estar sempre sozinha ou com Lexie, e só as vezes Richard. Porém eu realmente gostei de ter Mark em casa, ele não era invasivo, inconveniente ou irritante, tá irritante um pouco, por que ele estava sempre de bom humor, nada o tirava do sério, ele era principalmente respeitoso e protetor, de fato gostava do marido da minha irmã.
- estou pronta para sugestões - minha voz saiu abafada.
- tudo bem?
- sim - tirei o travesseiro do rosto e fitei Mark, por sua expressão acho que não concordava comigo - o corpo está parado, mas a mente não - tentei explicar, Mark já havia convivido comigo o suficiente para saber que eu tinha dificuldades em desacelerar meus pensamentos, eu sabia também que Lexie falou algo sobre isso, o prevenindo para quando me visse falando sozinha, ou surtando como agora não se preocupasse muito, por que era normal.
- já pensou em praticar algum esporte? É comprovado que ele ajuda.
- você acha que eu tenho cara de quem prática esportes? - perguntei fazendo uma careta, só de me imaginar fazendo algo sentia dor.