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Capítulo cento e vinte e cinco: O melhor marido do mundo.
Por: Meredith Grey.
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Até que o sol não brilhe, acendamos uma vela na escuridão.
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Fiquei ouvindo Andrew cantando no chuveiro, mas não me movi, estava com sono, foi uma péssima ideia passar parte da madrugada acordada, mas minha mente simplesmente explodiu, parecia que tudo estava escuro, e de repente se iluminou, as ideias surgiram, lembrei de vários livros que poderiam me ajudar com minha idéia - não era plágio,
- por que não era uma cópia de nada do que li, mas uma junção de todas as referências deles, e então eu sonhei com o livro, era bizarro sonhar com o personagem, um que não existe, mas eu o visualizei perfeitamente, foi difícil dormir depois do sonho, precisava transcrever aquele diálogo antes que o esquecesse, eu acho que desde o casamento eu não havia tido um momento assim, claro que escrevi, mas nada foi esse "insght" que tive, era só uma escritora normal até minha mente não consegui se desviar da história que havia imaginado tanto tempo atrás, e então me tirou o sono, a necessidade de voltar a escrever me consumiu.- boa dia linda - Andrew murmurou ao me ver acordada.
- bom dia - falei manhosa.
- vai comigo pra cidade?
- não, preciso recomeçar meu livro... - minha voz era desanimada - péssima ideia ter apagado ele.
- ia contar de madrugada, mais fiquei com medo de te fazer perder o sono - Andrew se aproximou.
- o que? - me preocupei.
Ele sentou no seu lado da cama e abiu a gaveta do criado mudo, sentei na cama para ver o que ele estava pegando, e vi o pendrive na sua mão.
- para que o pendrive?
- depois que dormiu, na noite da briga, peguei seu notebook e recuperei o livro, salvei ele aqui, e deletei outra vez... Sabia que ia precisar dele - seu tom não era de quem tava orgulhoso do que fez, mas ainda sim feliz por ter feito essa escolha.
- você recuperou? - queria chorar.
- sim, eu sabia que estava frustada.
- tinha certeza que mudaria de idéia?
- não, mas quis garantir que se mudasse teria sua história - Andrew abriu minha mão e colocou o pendrive nela depois fechou - tinha esperança, por que seria errado desperdiçar seu talento.
- droga - comecei a chorar, me ajoelhei na cama e fui agora seu colo e o abracei - você é sempre maravilhoso, sempre pensa no meu bem estar, obrigada.
- eu aprendi a te entender Meredith, saber do que precisa... Estou muito feliz por saber que vai voltar a escrever, como marido e como leitor.
- te amo marido - beijei o pescoço dele.
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Tomei um banho rápido, decidi vestir outro pijama para ficar confortável, depois desci com Andrew para tomar café da manhã, ele contou sobre o lançamento do livro que seria no dia seguinte, concordei animada com sua animação, gostava de ouvir ele falando sobre isso, sabia que ele realmente gostava do que estava fazendo, e era muito bom nisso.