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Capítulo cento e treze: Nem tudo precisa ser falado.

Por: Andrew DeLuca.

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Todo homem é poeta quando está apaixonado.

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Meu pai me dizia uma coisa quando eu era criança, era uma coisa que eu não entendia naquela época, mas quando fazia alguma traquinagem ele parava na minha frente, segurava meus ombros e murmurava em um tom cheio de compreensão "filho, vamos errar muito, vamos quebrar algumas coisas, mas se você for capaz de entender que não fez certo, aí sim você vai estar certo", não entendia isso aos dez anos, mas agora entendo.

Temos que aprender a assumir nossas responsabilidades, nem sempre isso vai ser algo ruim, somente "responsabilidade", um dia perguntei para ele sobre esse "ensinamentos", meu pai me contou que o pai dele fazia o mesmo, e que isso mudou sua visão de mundo, que aos poucos ele amadureceu e passou a ter mais "cuidado" com o mundo, principalmente com as pessoas a sua volta.

A maior parte do tempo não me identifico com meu pai, desde que me lembro ele sempre foi centrado, apesar de ser brincalhão, sempre teve muito cuidado com suas atitudes e escolhas, já minha mãe sempre foi mais impulsiva, antes e depois do casamento, éramos muito parecidos, mas agora vejo muito do meu pai em mim, e percebi que sempre tive muito dele, só que eu também sempre tive muito dela, sou a mistura deles, gostava de ser assim.

Também devo ter algo muiito particular que não herdei de nenhum dos dois, era esse meu lado pensador, não, isso também era parte deles, de ambos.

- tá muito longe? - ouvi a voz doce de Meredith.

- fiz uma pause nos desenhos e acabei viajado.

- está ficando parecido comigo - ela zombou - sai de órbita facilmente.

- acho que é a convivência.

- deve ser ... - Meredith deu a volta na mesa e sentou em meu colo - queria sair.

- claro, onde quer ir?

- queria dançar... Queria beber, mas não posso... Então pensei em comer naquele restaurante que você gosta.

- posso ficar sem beber também, assim não fica deprimida...

- não precisa... Na verdade eu acho bem divertido quando você fica bêbado... Então pode beber, assim eu fico feliz também.

- exatamente por isso... Você adora fazer piada disso - levantei rápido a segurando em meus braços.

- ei.

- vamos sair, vestido rodado, sei um lugar que vai gostar.

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Acredito que de fato a convivência te torna parecido com a pessoa, mas também acredito que ninguém nunca séria igual a Meredith, sua personalidade única, e sua alma ainda mais singular, desde que a conheci de verdade, na verdade desde a nossa verdadeira interação quando fizemos a aposta, nunca a vi tão feliz quanto agora, ela ficava feliz até com a correria da campanha para o senado, começou a ajudar Bernardo em tudo, ela e mais outras dez pessoas que trabalhavam diretamente com ele, além das que trabalhavam indiretamente, em dois meses seria a votação, e tudo estava sendo preparado para que corresse tudo bem e meu pai ganhasse, as mentira inventadas começaram a ser esquecidas e ignoradas, as vezes alguém comentava sobre isso tentando reviver as fofocas, mas não dava em nada.

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