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Capítulo oito: eu não nasci pra ser atriz.
Por: Meredith Grey.
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"Se você vai tentar, vá até o fim, caso contrário, nem comece."
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Eu acho que nunca fiquei com tanto medo na minha vida, nunca me senti tão apavorada, aquilo não era pra mim! Subir no palco e mostrar paixão, mas ou era isso ou não ter média, e perder para o DeLuca e isso nunca, comecei a contar tentando me acalmar, já estava pronta, a primeira apresentação já acontecia e eu me neguei a assistir e ficar ainda mais nervosa, não poderia ficar ali olhando eles e imaginar que fracassaria, a história era boa, eu só não tinha certeza que eu atuando seria bom.
- eles estão saindo.
- ok! Depois da saída deles temos dez minutos - falei.
- acho que isso foi a coisa mais constrangedora que já fiz na vida - uma das garotas falou aí sair do palco.
- nem me fala - Andrew saiu do palco rindo, parou na minha frente e me encarou - pronta pra perder?
- pronto para me ter no seu pé?
- admiti que só está fazendo isso para arrumar uma boa desculpa!
- coitado.
- até se aproximou do meu primo - ele me olhou firme, mas se havia algo que eu não queria mesmo era me aproximar dele.
- coitado - repeti - você acha que toda mulher que olha pra você quer dar pra você?
- sim!
- eu não sou uma delas...
- mesmo que fosse... Eu nunca ficaria com uma garota frígida como você.
Senti meu sangue ferver, aquele ódio aumentar e a vontade de bater nele me tomar.
- sabe que pagar para uma mulher gemer fingindo que você é bom de cama não conta como uma pessoa que gosta da sua companhia né? Só pra deixar claro, por que qualquer mulher perto de você deve ser frígida, já que você é um asno.
- você.
- da licença, tenho uma aposta pra vencer.
A cortina estava fechada quando a narrativa começou contando a história de "morte e vida", e como se apaixonaram.
"A muitos anos atrás quando deuses passeavam sobre a terra um deus se apaixonou por uma humana e ela deu luz a uma linda menina, mas a jovem acabou morrendo após o parto, e por isso seu ele a chamou sua filha de "Morte"; por ser um deus teria que voltar para o olimpo então deixou a criança aos cuidados de um bom casal que sonhava em ter uma filha, pediu para que cuidassem e amassem e no tempo certo ele voltaria e contaria sobre sua verdadeira vida.
Anos depois quando morte completou seu décimo sétimo aniversário Ades voltou a terra e procurou por sua filha, a levou aos montes e lhe contou toda sua história, Morte chorou por dias ao saber que sua mãe havia morrido, e que seus pais a enganaram, mas os perdoou por que tudo o que fizeram foi lhe amar.
O tempo foi passando e morte que agora sabia que era um semi deus conheceu Vida um garoto por quem se apaixonou de imediato, Ades, que sempre olhava por sua filha dos céus decidiu visitar o casal que a criava."
As cortinas se abriram.
Jacob entrou por um lado e Cassia e Victor por outro.
- Ades - Victor que seria meu pai na peça murmurou em um tom aflito - o que faz aqui?
- preciso contar algo.
- pode falar, é com nossa filha?
- sim! Eu a observo todos os dias, e a vi com um garoto... Ela não pode ficar com ele.
- mas, Morte o ama! - Cassia, que seria minha mãe na peça murmurou.
- eu sei... Mas devem lhe alerta, após o seu nascimento quando a entreguei para que a criassem, Zeus descobriu sobre sua existência, e para me punir a amaldiçoou.
- amaldiçoou? - os dois falaram ao mesmo tempo.
- sim... Seus lábios carregam a morte, e cada vez que ela beijar um humano outro morrerá... A afastem dele.
Jacob saiu de cena.
- morte não pode saber - Cassia murmurou em um tom de desespero, suas mãos foram aos cabelos e ela arfou de forma teatral.
- eu sei, mas como vamos impedir que ela o veja? - Víctor perguntou.
- mamãe, papai - entrei em cena.
- minha querida filha - Cassia se aproximou e tocou meu rosto - precisamos falar.
- claro, o que aflige vocês?
- minha querida filha, sei o quanto ama Vida, mas não pode voltar a vê-lo.
- mamãe, eu o amo... Amo como nunca amei ninguém, vida é meu ar, sem ele me sinto sem VIDA!
- EU SEI! Mas Zeus o amaldiçoou.
- como?
- disse que a cada beijo dele um humano morreria.
- não pode ser, Vida é bom, ele...
- eu sei, sinto muito.
- tudo bem...
Sai de cena.
- por que mentiu? - Victor perguntou.
- foi necessário, como poderia eu falar a minha filha que ela quem foi amaldiçoada? Que seus lábios carregam a morte? E que se beijar Vida um inocente pagará.
- um dia ela saberá... Saberá que ela não poderá estar com Vida, nem com nenhum outro homem.
Os dois saíram de cena e Helena voltou a narrar.
"Morte tentou com todo seu coração não ver Vida mas dentro de si a cada dia longe dele era ela quem morria um pouco, sem saber o que fazer chamou por seu pai.'
Entrei em cena, sentei no meio do palco.
- Ades? - chamei olhando para o alto - papai?
- acho que nunca me chamou assim - ouvi a voz de "Ades" atrás de mim - está cada dia mais linda filha, e mais parecida com sua mãe - Jacob sentou ao meu lado.
- obrigada.
- por que me chamou? Se fez isso é por que deve ser importante.
- meu pais... Ana e Louis - segui a cena de forma impecável - me contaram que Vida está amaldiçoado, eu só não entendo, o que ele fez?
- Vida?
- sim!
- eles mentiram ... É você que está amaldiçoada... Zeus se irou ao saber que tive uma filha com uma humana e após seu nascimento quis me punir, quando falei que seu nome era Morte... Ele disse que era um belo nome e por causa dele e do meu erro... Você pagaria, então amaldiçoou seus lábios com a morte.
- eu? - mostrei uma expressão de choro, não foi difícil sentir as lágrimas desceram, me senti um pouco como a morte.
- sim, eu sinto muito minha filha, mas se beijar Vida ou qualquer pessoas outra pagará morrendo.
- por que? Por que ele me odeia tanto?
- não sei.