~•~
Capítulo doze: talvez eu devesse controlar minha boca.Por: Andrew DeLuca.
~•~
"A persistência é o caminho do êxito."
~•~
A casa de Meredith era simples, parecia aconchegante, mas não era grande, ela abriu a porta e me deixou entrar, olhei em volta a sala bem arrumada, dava pra sentir o cheiro de perfume para casa, algo cítrico, a garota tirou a botas que usava e andou até o cabide estendeu a mão e esperou, entendi o que queria então tirei o meu casaco e lhe entreguei.
- pode sentar.... vou pegar o rascunho no meu quarto.
- tá - observei ela seguir até às portas que ficavam nos fundo da sala.
- oi - ouvi a voz feminina - Andrew né?
- oi... Sim.
- o que faz aqui?
- vou ajudar sua irmã em um coisa - expliquei.
- você?
- é ele! - Meredith respondeu rude - por que?
Ok! Me senti estranho.
- só não toca no cabelo dela - Lexie falou, não entendi a piada, olhei para Meredith, acho que não era uma piada.
- vamos lá pra dentro - a garota pediu parecendo que ia chorar - vai ser melhor.
- você que sabe - dei de ombros e segui ela - não entendi a piada do cabelo.
- não é piada, ela sabe.
- desculpa, podemos fazer isso depois.
- já está aqui! Eu sinceramente tô precisando de ajuda - Meredith me entregou as páginas.
- seu quarto é maneiro - comentei ao olhar tudo.
- era o escritório do meu pai... Mudei pra cá depois da morte dele, passava horas aqui, cheguei a dormir várias vezes no sofá... Até que um dia trouxe minhas coisas - ela sorriu, um sorriso superficial, mas era algo - senta aí, começa a ler... Vou fazer um lanche para a gente.
- certo.
Ao invés de sentar no sofá fui até a mesa cheia de coisas dela e peguei uma caneta das várias ali, sobre a mesa estava seu notebook junto com três canecas que deveriam ser usado pra beber algo, mas estavam cheias de canetas, lápis e marca texto, mais uma cestinha com mais vários misturados, alguns livros ali, cadernos, bloco de notas e uma outra cestinha com post It e marcadores de páginas, tudo bem organizado, comecei a ler a história e já de cara deu pra perceber que ela mandava bem, mas entendi o que o professor falou, os pensamentos dele seriam aceitáveis para uma garota, porém não era totalmente errado. Fiz minhas próprias anotações um pouco abaixo das dele.
- o que tá fazendo?
- ele tá certo sobre o que pensa - ignorei a pergunta dela - mas é a forma que você coloca o pensamento... Nenhum homem falaria "aiiii. Ela é tão lindinha"
- não é bem assim.
- mas soa dessa forma... Eu falaria.
Levantei da cadeira e andei pelo quarto.
- "estava diante dela sem saber como expressar o que sentia" - comecei a narrar o pensamento do personagem do meu modo - "ahh, sem dúvidas ela era linda, o modo que sorria parecia iluminar o mundo".