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Capítulo noventa e nove: vamos adiar o casamento.

Por: Meredith Grey.

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As coisas mais insignificantes têm às vezes maior importância e é geralmente por elas que a gente se perde.


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Voltar pra casa era como ser jogada pra fora da minha bolha, uma bolha linda e brilhante que foi explodida por granadas, não foi com um espinho, como todos estouram bolhas, a granada foi lançada e atinjiu meu peito, e eu não estava pronta para receber, voltar para casa era voltar para uma realidade que eu não estava gostando muito. Por que as pessoas gostam tanto de saber sobre a vida dos outros? Vender matéria falando da vida de outra pessoa, falando mentiras, esse era o problema.

Desembarcamos do avião para nos deparar com uma multidão de repórteres que nos fecharam.

- Meredith, é verdade que essa viagem foi paga com dinheiro dos cofres públicos? você não se envergonha?

Todos falavam ao mesmo tempo, mas eu entendi a pergunta, e Andrew também, o cara mal terminou de perguntar e ganhou como resposta um soco que o derrubou.

- Andrew!

- bando de urubus... O próximo que ofender minha noiva vai pagar caro, o que estão fazendo é crime... Calúnia.

- seu desgraçado - o repórter levantou do chão com a mão no rosto, o nariz estava sangrando.

- vem! - Andrew passou o braço ao redor do meu ombro e atravessou a multidão.

Andrew estava fervendo de raiva quando entramos no táxi, ele reclamava baixinho, dei o endereço da casa dele, não conversamos o caminho todo, quando descemos ele pagou o táxi e pegou nossas malas, só deu tempo de entrar na casa, Bernardo estava na sala andando de um lado para o outro, ele nos olhou com raiva ou preocupado, era os dois.

- o que você fez?

- soquei a cara daquele filho da puta - Andrew falou com raiva - tô cansado de ouvir falarem dela... E ficar calado.

- bater não resolve... Só piora - o tom de Bernardo era baixo, não era do filho que estava com raiva.

- eu sei, pai - Andrew soltou frustrado jogando os braços para cima depois deixando cair em volta do corpo - eu sei... Mas não deu pra aguentar.

- vamos lidar com isso - Bernardo falou, ouvimos seu celular começar a tocar - preciso atender, fiquem os dois aqui, não saiam de casa...

Olhei para Andrew, ele não falou nada, mas pegou as malas e levou para o segundo andar, olhei dele para a porta onde o pai entrou, e de volta para ele, depois para a porta do escritório de Bernardo, segui naquela direção, bati na porta e entrei, Bernardo estava discutindo com alguém por ligação, acho que era a primeira vez que ouvia ele xingar, o vocabulário dele era maior que o do filho, tentei entender qual era o assunto.

- foda-se para qual jornal de merda ele trabalha... Se publicarem alguma notícia sobre meu filho ou minha nora vou abrir outro processo .... Foda-se... Foda-se ele também... Estão avisados, chega dessa perseguição contra ela.

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