Amarelo I

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COMUNICAÇÃO

Quinta feira, emenda do feriado que ocorre no dia seguinte. O dia estava nublado e chuvoso em Nova Petrópolis. Não era de se estranhar... Com a proximidade do Inverno as temperaturas costumam cair e o céu que outrora bilha com os raios de sol, é coberto com um tom acinzentado causado pelas nuvens.

Era cedo, oito e meia da manhã. Al estava deitado, só de roupas intimas, da noite quente que tivera com Amora. Ah, Amora... Só de lembrar no prazer que a ruiva lhe dera sentia seu membro começar a dar sinais de vida. Valeu a pena chegar em casa se agarrando com a moça e a mãe lhes flagrar assim que entraram em casa. Tinham tido uma noite inesquecível... E a única também. Como combinado, a garota fez o que tinha que fazer, elogiou o desempenho seu na cama e foi embora. Sem cara de ofendida, nem de desmoralizada. Não. Ela própria tomou essa atitude. Pelo visto, pensava como ele, e talvez por isso a lembrança da noite tenha ficado insistente em sua mente, coisa que não acontecia há muito tempo.

Resolveu que era hora de esquecer isso. Levantou-se, se espreguiçou e foi tomar banho. Ainda estava com o corpo suado. Ligou a água e assim que ficou quente ele entrou e sentiu a água lhe tocar os músculos para relaxá-los.

"Al..." A lembrança da garota se contorcendo de prazer veio a sua mente "Diz pra mim que tu é meu macho, diz..."

Aquilo era demais para seu cérebro, mas ele continuava a se ensaboar com os olhos fechados, como se pudesse de algum jeito viver aquela cena de novo.

"E-eu" O rapaz também estava ofegante. Dava tudo de si "Eu sou seu macho. Geme bem gostoso pra mim, geme"

E quanto mais a garota gemia, com mais vontade de fazê-la gemer ficava. Apesar disso, ela não fazia o tipo alarmante. Umas ele comparava a sirene de bombeiro, outras a sino de presídio, e haviam as estáticas que não fazia nada (Digamos que não eram as preferidas de Al). Amora era na medida certa. Assim que acabou o banho, cerca de dez minutos depois, tratou de esquecer de sua "singela" lista de gemidos e tratou de ir para o quarto se vestir. Abriu a porta do banheiro com a toalha enrolada na cintura e deu de cara com a mãe na porta.

— Tua "amiga" já foi embora? — perguntou ela, sem rodeios e fazendo aspas ao mencionar a palavra "amiga".

— Já — o filho se limitou a responder.

— E será que eu tenho o direito de saber quem é a mais nova namorada do meu filho?

— Mãe, qual é! Ela não é minha namorada, ela FOI minha ficante — Esclareceu, enquanto entrava no próprio quarto.

— Ficante, é? Hum — disse, cruzando os braços na frente da porta do rapaz — Na minha época, meninas que transavam com rapazes sem compromisso assim tinham outro nome e ponto fixo pra clientela.

— Sim, isso na época que Moisés andava sob a terra — ironizou — Hoje em dia ninguém mais liga pra isso de esperar até o casamento. Muitos até nem querem casar...

— Espero que tu não esteja nessa lista — advertiu a mulher.

— Quer mesmo falar disso a essa hora? Eu quero me vestir!

— Ah, na frente de estranhos tu fica pelado! Agora, na frente da tua mãe, que lavou tuas fraudas, tem vergonha? — Marisa questionou, não esperando ouvir a resposta — Não precisa ter vergonha. O máximo que pode ter acontecido é esse teu "amigo" ter crescido. Mais nada.

— MÃE! — exclamou, vermelho — Deixa eu me vestir!

— Até ontem tava fazendo um strip tease dentro desse quarto, desfilando de cueca. Ai hoje faz essa ceninha. Mas tudo bem. Vou descer pra fazer o café.

A Teoria Das CoresOnde histórias criam vida. Descubra agora