Roxo Azulado I

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INTUITIVO

— Vocês dois? Na Dança?!

Foi só o que Sabine conseguiu perguntar, tamanha surpresa. Alisson e Daniel passaram alguns minutos na direção da escola explicando que não se tratava de um trote ou brincadeira - Queriam de fato serem membros da atividade extracurricular que estavam oferecendo. Rebecca ficou abismada com a decisão de ambos, porém decidiu dar uma chance.

— É dança de rua, não balé – Explicou Dan, de cara amarrada – C*r*lho... Parece que não sabem ouvir.

— Tanto faz – A loira deu de ombros – O Al eu não conheço muito bem, nos falamos pouco, mas tu me surpreendeu.

— Pelo que ele me mostrou vindo pra cá – Alisson segurou o riso – Vai ter que amputar os dois pés e tentar de novo.

— Cala boca! – Exclamou Daniel enquanto socava o braço do outro.

— EI! Doeu sabia?

— Desculpa. Não tinha notado que tu é de porcelana.

— Fica quieto, ô pé de Valsa.

— Ai gente! Como discutem! – Bine se intrometeu – Vocês se merecem viu?

— Nem fala – Jeff concordou – Se soubesse que iam se amar tanto, tinha apresentado vocês há tempos.

— Muito engraçado, Jeferson – Debochou Dan – Devia tentar a vida como comediante.

— E será que eu posso saber de onde surgiu essa ideia da dança?

— Voou um papel na minha cara mostrando isso – Explicava Al – Nunca viu aqueles vídeos dos caras fazendo uns movimentos tri f*das?

— Algumas vezes.

— Basicamente é aquilo lá que vamos fazer.

— Que show mano! E vão ter apresentações na escola?

— Provavelmente sim. Vai ser f*da aturar as minas dando em cima de mim o tempo todo.

Os amigos riram do comentário.

— Tá se achando demais não acha não, bebezão? – Provocou Dan.

— Só tô ressaltando a real, galo véio.

— Até hoje devo ter te visto com uma ou duas minas por aí. Só.

— Ihh, Al, pelo visto alguém anda te stalkeando— Adrian, até então fora da sala por conta da namorada (Que por sua vez ainda não conseguira a transferência para a turma onde todos estavam), chegou contente e alfinetando o rapaz.

— Deixa ele, Adrian. O pateta vai ter tempo de sobra pra trocar uma ideia comigo.

Os demais maliciaram.

— Que papo é esse, Al?

— É, donzela, que papo é esse? – Dan revidou – Tá achando que eu sou o quê?

— Eu não acho nada – O outro se defendeu – Só acho que pra tu saber com quantas gurias eu saio... Tu tem que concordar que é no mínimo estranho.

— Claro que é. Se as gurias te amam tanto, porque não vejo muitas te dando mole?

— E quantas te deram mole na vida, posso saber?

Nesse instante, Jeff olhou discretamente para Sabine e ela estava exatamente como pensou: Vermelha de vergonha e concentrada em fazer qualquer coisa no caderno.

— Não foram tantas, mas o suficiente.

— Com essa cara de pedreiro... Fica difícil, pateta. Aliás, muito me admira aquela loira ter gamado na tua.

A Teoria Das CoresOnde histórias criam vida. Descubra agora