Branco III

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CONFUSÃO

— Como é que é Alisson?! – Dan perguntou surpreso.

— Isso mesmo que tu ouviu: Existe uma grande possibilidade dele ser apaixonado pela tua pessoa. Parabéns garanhão – Al não podia deixar passar.

O rapaz que o acompanhava ficou em silêncio por um breve minuto antes de tornar a falar.

— De onde tu tirou essa hipótese?

— O teu primo e o Gil ficaram conversando hoje bem na frente do meu portão.

— E porque diabos eles foram pra frente do teu portão pra discutir uma idiotice dessas?

— Isso eu não sei ué – Al preferiu omitir que Gil esteve em sua casa – O que importa é que, além de falarem do namoro que eles tiveram, o Gil levantou essa questão.

Dan passou a mão pelos cabelos. Que maluquice era aquela agora?

— Ele só podia tá fumado, sei lá – Falava – Eu e o Ian somos primos Alisson. PRIMOS! Nunca que ele ia sentir algo mais forte, tá louco?!

— Até onde a gente sabe, ele curte guris também não? – Al perguntou ao outro que movimentou a cabeça confirmando – Então, pode ter acontecido.

— Esse Gil ai só pode tá inventando velho! Lembra ontem que ele confessou que armou um treco pra ti?

— Eu pensei nisso também, mas o Ian desconversou quando ele falou disso.

— VIU! Uma prova de que ele tá mentindo! – Dan exclamou com felicidade.

— Qual é pateta! Raciocina cara! Porque então ele simplesmente não disse que não gostava de ti desse jeito e pronto?

— Sei lá p*rra! Só sei que essa hipótese é ridícula demais pra ser verdade.

Al suspirou e revirou os olhos.

— Quer se fazer de João sem braço, problema é teu. Só vim te dizer por quê... Bem, uma hora tu ia ter que saber né?

Al deu passos em direção à saída, quando Dan segurou seu braço.

— Ei! – Exclamou.

— Já que tu resolveu ser um bem feitor, tu vai ir junto comigo na casa do amigo do Ian pra gente ver essa história.

— E por que EU tenho que ir? Não tenho nada haver com isso!

— Ninguém mandou vir me atordoar com uma bizarrice dessas a essa hora da manhã. Só lamento.

Al bufou.

— Que c*r*lho...

— Não reclama.

— E pro teu governo, ele tá na casa do Gil.

— O QUÊ?!

— Isso aí que tu ouviu.

— Ele me disse que ia pra casa de um amigo.

— Na verdade, ele ia pra aquele hostel que tem lá no centro sabe?

— Que p*rra. E agora? Eu não faço ideia de onde esse idiota do Gil mora!

— Isso é fácil de descobrir – Al sorriu malicioso – Deixa pra mim que eu descubro.

— Agora vamos sair daqui que esse lugar cheira a morte. Credo.

Al riu e então retornaram para a parte funcional da escola. Naturalmente, àquela hora já estava bem mais movimentado. Pelo caminho, por infelicidade do destino, encontraram Elis vestindo um vestido roxo e laranja.

A Teoria Das CoresOnde histórias criam vida. Descubra agora