Amarelo II

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COMUNICAÇÃO

(Protagonista Secundário: Ian)

Durante nossa estadia no plano terrestre, uma das maiores conquistas que um ser humano pode ter, depois de ter paz interior, é a liberdade. Lutamos todos os dias com garra e determinação, movidos pela vontade de um dia sermos livres desses sistema carcerário que a vida nos impõe. Alguns de nós conseguem isso com facilidade... Outros já nem tanto.

Ian, por exemplo, fazia parte dos que conseguiam com facilidade. Seu alto astral, bom humor e carisma tornaram dele uma pessoa única. Mas não foi sempre assim: O garoto passou por várias situações que o tornaram mais resistente. Claro que ele poderia escolher guardar mágoas, mas preferiu tornar todas as suas mágoas em sorrisos. Queria ser feliz... Queria dar e receber felicidade. E da carcaça de um menino reprimido, surgiu uma linda flor.

Acordara na sexta feira animado. A noite com Ágata tinha sido proveitosa, é verdade. Mas antes disso, estavam conversando e ele acabou por contar seu drama sobre a faculdade. A garota sorriu, o beijou e disse que era certo que iria lhe conseguir um emprego, só que na área de música. Isso o fez ficar mais alegre e... Bom... Presenteou a garota com mais uma noite alucinante. Estava com seu peito nu, só vestia sua cueca samba canção azul marinho. Espreguiçou-se e delicadamente levantou da cama. Vestiu uma camiseta que estava em cima do criado mudo e estava para vestir suas calças quando sentiu um beliscão em seu traseiro.

— Desculpa. Não resisti – Ágata ria de seu feito.

— Engraçadinha – O garoto se juntou a risada.

Ele chegou mais perto da garota e lhe deu um beijo.

— Que fofo foi tu apertando tua bunda depois que eu belisquei. Bem que tu se assustou, né?

— Claro que não. Sou macho esqueceu?

— Homem que paga de machão: Eva e Adão. Never forget— Brincou ela.

— Tu anda lendo fics demais. Mas tenho que concordar.

— Então não é machão? – Prensou ela.

— Sou um machão que curte machão. Admito – Ele fingiu cara de tristeza.

— Ai, nossa! Meu boy é gay! Oh Deus! – Ágata entrou na brincadeira e fingiu surpresa arrancando risos do garoto.

— Como somos arriados.

— Essa é a graça, tigrão.

Foi a vez dela roubar um beijo.

— Vamos descer e fazer o café? – Sugeriu ela.

— Partiu.

A garota então se levantou exibindo seu corpo magro e curvilíneo enquanto se vestia.

— Vê se não esquece de arrumar isso aqui, porque tá uma fuzarca!

— Eu vou arrumar. Prometo.

— Acho bom. Olha essa montanha de roupas e esse lixo todo espalhado aqui... Por favor, né?!

— Tá bom, tá bom – Ele revirou os olhos e sorriu de canto.

— E fora que tu não exala exatamente um perfume de rosas né, então abre a janela pra entrar um ar.

— Nossa, tu e o Dan parecem minha mãe falando.

— Vamos descer logo – A garota riu.

Ian tinha seus dotes, e um deles é saber cozinhar. Quer dizer, não é como se o rapaz fosse um chef de cozinha, porém de fome ele não morreria certamente. Fritou dois ovos e esquentou quatro fatias de pão sanduiche. Ia fazer panquecas americanas (Para surpreender a ficante), mas a preguiça e a leve brisa de frio só faziam o garoto pensar em sua cama. Ágata preenchia uma jarra de água com suco de laranja e colocava dois copos na mesa, além de dois pratos.

A Teoria Das CoresOnde histórias criam vida. Descubra agora