Rosa I

1 0 0
                                    

ACOLHIMENTO

A quinta feira de chuva tinha deixado Al preso junto a mãe dentro de casa. Por mais que fossem mãe e filho, quando discordavam em algum assunto, não conseguiam ser pacíficos. O dia todo Marisa lhe ordenou que arrumasse o quarto e procurasse emprego. Quando fez o primeiro, foi para a internet a caça de empregos na região. Porém, para seu azar, a internet estava caindo muito, aumentando a fúria da outra, dizendo-lhe que estava de má vontade. Decidiu que não ia mais ficar ali. Pegou outro tênis, um guarda chuva e foi em direção a qualquer. Estava andando com passos largos e apressados.

"Quando não é a escola é minha mãe; Quando não é minha mãe é o Jeff dando PT..." Perdeu-se em seus pensamentos na caminhada "De certo aquela b*sta de trevo não vai me servir para nada!"

Isso o fez lembrar que não tinha regado seu trevo. Importante lembra: Quando chegou em casa naquela segunda feira caótica, plantou-o em um pequeno vaso de planta e deixou em cima de seu criado mudo.

"Anotação mental: Regar o trevo quando chegar em casa"

Foi para um lugar que conhecia bem: O café colonial "Wunder Bar", nome inspirado em uma palavra alemã. Assim que chegou ao local, pediu uma mesa e sentou aguardando-a ser preenchida com as delícias que só um café colonial pode fornecer. Olhou para seu relógio: 17h50min. Em volta, notou que não estava tão lotado quanto poderia, já que tecnicamente falando era emenda de feriado. Eram 18h15min quando veio seu pedido. Agradecera o homem sua atenção à comida tranquilamente.

— Hey – Chamou Mandy – Tomara que tenha me chamado por algum motivo realmente importante.

Enquanto estivera aguardando, Alisson mandou uma mensagem para a amiga perguntando se poderia comparecer ali. A garota mandou um emoji revirando os olhos (Já que ele ignorou suas mensagens contando sobre Adrian) e respondeu que sim.

— Até achei que tu não ia vir – Falou ele, enquanto tomava café e comia pão de queijo.

— Eu não ia. Primeiro porque já é quase noite, segundo porque tu fez aquela palhaçada e nem a m*rda me mandou.

— Foi mau– Disse, segurando o riso – Te chamei aqui para te perguntar se sabe de algum lugar que precise de funcionários pra trabalhar.

— Escuta, tu tá ficando cego é? – Questionou a garota, debochada.

— Por quê? – O garoto não entendeu.

— Tu não viu que tem um folha colada ali na vidraça dizendo que estão precisando de gente?

Al ficou surpreso.

— Não. Nem olhei a vidraça quando entrei. Será que precisa de muita coisa pra trabalhar aqui?

— Determinação e pontualidade é certo que vão te cobrar. Ah! Competência também.

— Tu acha que tenho isso daí?

— Provavelmente tem. Só não vi ainda.

Ambos riram.

— Mas sabe... Não custa tu se informar a respeito. Quando sair, olha o anuncio.

O garoto sorriu. Talvez agora as coisas realmente começassem a dar certo em sua vida.

— Então, tu me fez vir até aqui pra me perguntar sobre emprego?

— Não... – Dizia ele – É só que minha mãe tirou o dia pra pegar no meu pé e queria companhia.

— E por que não me chamou gostoso?

Uma voz familiar então surgiu. O rapaz olhou para o lado encontrando Amora.

— A-amora? – Perguntou surpreso.

A Teoria Das CoresOnde histórias criam vida. Descubra agora