Demi.

260 33 11
                                    

Cheguei em casa e subi diretamente para o meu quarto. Larguei a bolsa no chão, retirei os sapatos e os joguei, um deles acabou pegando no espelho da penteadeira e o quebrou. Deitei na cama e me permitir gritar e chorar, logo ouvi a voz da empregada.

" Senhora..."

" SAÍA! NÃO QUERO QUE NINGUÉM ME INCOMODE. VÃO EMBORA! VÃO PARA O INFERNO. "

Me levantei e andei ate a porta a fechando em um back.

" Saía...- falei em um fio de voz e gemi."

Choraminguei ao pisar nos cacos de vidro espalhados pelo quarto e voltei para a cama, meus pés ardiam, me encolhi e vi rastros de sangue no lençol. Eu chorava e pelo quarto meus soluços ecoavam, a dor só aumentava e parecia que ela me sufocaria.

****

Acordei com o celular tocando, eu estava sem forças para levantar, eu só queria ficar ali e esquecer de tudo. Apaguei novamente.

****

" Demi"

Ouvi a voz do Luke, mas não abri os olhos. Senti o colchão afundar um pouco e logo sua mão em meu rosto.

" Amor acorde! - ele falou, sento meu estomago nausear"

Amor. Só o Wilmer me chamava assim.

" Nena...- suspirei."

" Não me chame assim. - falei, duramente e afastei a sua mão."

" O que houve? Por que essa bagunça? "

" A casa é minha."

" Tomou seus remédios hoje? - a voz dele passou de suave a irritado."

" Quero ficar sozinha."

" Não irei até que me diga o que houve?"

Bufei. Hoje não era o meu dia. Levantei e choraminguei ao pisar no chão e sentei na cama.

" Droga!"

Ele suspirou e falou que ia ao banheiro pegar a maletinha dos medicamentos.

Nada falei, vi um buquê de rosas vermelhas na poltrona e suspirei. Logo ele retornou, sentou na cama e deixou a maletinha em cima da mesma, pegou minhas pernas e as ergueu até suas pernas, abriu a maleta e pegou o necessário para limpar e choraminguei, estava ardendo.

" Tem dois cacos no seu pê direito. - fiz uma careta. - Vou tirar. - ele pegou o alicate e virei o rosto."

Gemi de dor e ele pediu que eu ficasse quieta, agarrei o lençol e mordi os lábios, logo ele retirou e sorriu.

" Pronto. - ele beijou os meus pés e pediu que eu fechasse os olhos."

" Pra quê? - o encarei com a sobrancelha arqueada"

" Demi...- revirei os olhos e assim o fiz."

Senti ele levantar e logo o ouvi, ele pediu que abrisse os olhos, ele estava de joelhos e franzi o cenho. Ele sorriu, elevou a mão ao bolso e logo retirou uma caixinha aveludada vermelha e a abriu.

" Aceita casar comigo? "

RAPTADA / 2 TEMPORADA.Onde histórias criam vida. Descubra agora