Demi

79 10 4
                                    

Finalmente, iríamos embora desse lugar. Sem dúvidas de que se eu pudesse apagar da minha memória algum momento ruim, eu pagaria tudo o que vivi aqui. Estava agradecida por encontrar meu filho, mesmo que nessas condições. Confesso que chorei, nunca imaginei o encontrar nessa situação, meu filho era tão ativo, tão cheio de vida e agora o encontrei tão debilitado. Seus olhos não continham o brilho intenso que havia, agora eram tristes. Eu não tinha ideia de como ajudá-lo, de como seria a reação dele ao encontrar os outros, ou como todos reagiriam.

- Demi? - ouvi a voz de Ari e enxugue meu rosto com a Palma das mãos.

- Oi? - me virei, dando um sorriso leve.

- O que houve?

- Nada.

- Não temos muito convívio, mas sei quando algo está te incomodando.

- Não sei lhe dá com o fato de ver meu filho... - me calei, Ari suspirou.

- Não é para menos. Eu entendo como é difícil, não foi fácil aceitar, levou um tempo...mais para mim do que para os outros. Mas sei que você vai saber lhe dá com isso, sei que você vai ajudá-lo como ninguém poderá fazer, pois você o ama muito.

- espero que esteja certa.

- Agora... enxugue essas lagrimas e fique alegre, logo partiremos.

- Não vejo a hora, aqui é um pesadelo.

- Sem dúvidas... até para mim que já vi e vivi de tudo um pouco. - ela suspirou.

- Ari... Eu não tenho como te agradecer. Eu coloquei a vida de todos em perigo e...

- Não. Eu vir porque eu quis, não se sinta culpada, eu me sentiria uma péssima pessoa se não tivesse vindo, Chris sempre fora um menino bom e sempre respeitoso e carinhoso, tanto comigo como pela Sofia. - ela sorriu de leve, mas percebi que seus olhos estavam marejados. - Não vejo a hora de abraçar a minha pequena e a minha morena.

- Nem me fale... também não aguento de tanta saudade.

- Logo estaremos lá e matando a saudade. - ela bocejos.

- Melhor ir descançar.

- Eu não consigo.

- Também não. Melhor sentarmos, principalmente pelo seu estado.

- Confesso... não aguento mais ficar em pé. Porém, não aguento mais deitar no chão.

- Quer deitar no meu colo?

- Olha, é uma proposta tentadora... - brincou e rimos. - Vou sentar encostada na parede e tentar cochilar. - assim ela fez.

- Me rejeitando? - brinquei, Me sentando ao seu lado. - Mas uma massagem nos seus pés eu vou fazer.

- Agradeço! Isso eu não posso recusar.

Assim o fiz. Arizona fechou os olhos enquanto eu fazia uma massagem em seus pés e ela logo fora relaxando e em pouco tempo cochilou. Eu não consegui dormir, minha ansiedade só aumentava.

##

Wilmer.

Nenhuma maldita notícia sobre a Demi e o pior de tudo, Arizona tinha embarcado nessa loucura. Callie estava muito neurótica, paranóica e eu não tirava sua razão, afinal, ela já imaginava o pior, todos estávamos preocupados e aflitos, principalmente meus filhos.

- Papai... - As gêmeas vieram até meu quarto e ambas estavam chorosas.

- Deitem aqui!!

Elas correram para cima da cama e deitaram ambas em meus braços, as aconcheguei e depositei um beijo na cabeça de cada uma.

- Um pesadelo? - elas afirmaram e contaram o sonho.

As tranquilizei, e como não queriam dormir, acabamos indo assistir desenho. Eu não conseguia prestar atenção em nada. Minha vida estava um inferno, nem eu e ninguém havia paz, Demi sempre fazia tudo errado. Nunca escutava as pessoas que se importavam com ela, o que sempre contava era sua vontade e mais nada.

Não sei que horas eram, mas acordei com o celular tocando e o peguei da cabeceira da cama, o atendendo.

" - VocePrecisaVir... - respirou fundo. - Correndo! Rápido!

- Callie? Não estou entendendo nada.

- Wilmer...estou na base aérea. Correndo feito uma louca, com todo mundo me olhando como Se eu fosse um ET, mas eu não aguento de saudade da minha mulher.

- ENTÃO...

- Sim, Demi e Arizona estão a caminho.

- Ok. - saltei da cama e me despedi, o desligando. "

Corri para o banheiro, e fiz minha higiene pessoal. Logo, me vestir e saí, todos já estavam tomando café da manhã, Dianna havia ficado desde a ida de Demetria.

- Wilmer?

- estou sem tempo. - saí apressadamente. Sem lhe dá chance de falar.

Corri para a garagem e ao entrar, arranquei com tudo. Estava com tanta raiva e ódio que eu nem imaginava minha reação ao olhar para a Demi. E, para completar havia um maldito trânsito a frente, o que me deixava irritado.

- Droga!! - sequei o volante.

Liguei o rádio e infelizmente tocava uma música da Demetria. O desliguei, impaciente. Depois de muitos minutos preso no trânsito, finalmente consegui dirigir.

Ao chegar, entrei e fui ao encontro da Callie, ela segurava Sofia e agora, entendia o motivo do " como se eu fosse um Et", ela estava vestida com uma roupa de astronauta misturado com roupa de fada. Ao me aproximar, Callie correu desesperadamente e percebi que fora ao encontro de Arizona, logo ouvi a voz chorosa de Demetria, a mesma correu e me abraçou,  chorava compulsivamente.

- Wil... mer! meu fi... lho...

- Eu falei... você nunca escuta! - A afastando, segurando pelo braço e a puxando. Ela gritou "PARA" e eu fiz o mesmo. - VAMOS EMBORA!

- Mas...- sua voz era falha e sei que estava magoada.

- CHEGA!

- EU... O ENCONTREI. - ela falou chorosa, mas ao mesmo tempo sua voz era dura.

Fiquei estático, e logo, o vi.  Arizona o ajudava, ele estava em uma cadeira de rodas.

- Pai! - ele sorriu,  entre lágrimas.

***

AMORES...EU VOLTEI!  AQUI UM CAP E AMANHÃ POSTAREI OUTRO,  AFINAL,  AMANHA SERÁ UM DIA ESPECIAL PARA MIM: MEU NIVER! ENTAO, GANHAREMOS UM CAP DE COMEMORAÇÃO.  😱😍😍😍😍😘

RAPTADA / 2 TEMPORADA.Onde histórias criam vida. Descubra agora