Demi

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Liguei o som e coloquei o Cd que estava no mesmo para reproduzir e cantamos algumas músicas preferidas do meu marido. Wilmer parecia menos irritado comigo agora, na verdade, ele estava menos chateado.

- Demi?

- Oi.

- creio que o seu celular está tocando.

- Aff! Que não seja nenhuma desgraça.

- Vira essa boca pra lá! - revirei os olhos e fui para o banco de trás e abri a bolsa. Fui retirando quase tudo da bolsa até achar o celular e contive o riso, ao ver pelo retrovisor a cara de confuso e assustado de Wilmer. Era uma mensagem e sorri, a respondendo, e guardando o celular na bolsa, colocando de volta o chicote, as mascaras, a gravata e o vibrador.

- Pra quê isso?

- Pra deixar a noite ainda mais interessante.

- Ok, concordo com quase tudo, mas esse negocio azul não.

- Uê, vamos usar.

- Eu não vou deixar você enfiar isso em mim. - ele falou, com os olhos arregalados e eu segurei o riso.

- Eu não tinha pensado nisso, mas seria muito foda! Eu te como e você me come.

- Nada disso. Eu não saí de casa pra ser violentado. - ele fez uma caretinha e eu gargalhei.

- Você é tão exagerado! Eu aguento de boas!

- Quero só ver. - ele deu de ombros, me olhando.

- Amor, se eu aguento o seu Wilmer J, eu aguento qualquer coisa. - ele riu, mas sem me encarar, ri por perceber um pouco de rubor.

O clima bom fora quebrado pelo meu celular e o peguei novamente, mas dessa vez, sem dificuldade, e encarei a mensagem, sorri, respondi e guardei o celular novamente.

- Quem era?

- Ninguém.

- Seu sorriso me diz o contrário.

- Não seja curioso, Valderrama!

- Ok. - ele ficou sério.

Não falei nada, uma pitada de ciumes deixaria as coisas mais quentes, louca e muito prazerosa. Disse a ultima rua, e chegamos ao local que prometia muita paixão, masoquismo e tirar minhas teias de aranha, ri de mim mesma.

- O que estamos fazendo aqui?

- venha descobrir.

Abri a porta e saí, carregando comigo a bolsa. Saí na frente, rebolando e ouvindo os passos atrás de mim.

- Só espero que não sejamos preso.

- Não seja exagerado. Nada disso foi grátis, molhei a mão de muita gente, então não faça eu me arrepender.

O ignorei, bati no portão e logo, o segurança e a moça que havia me ajudado com tudo, desde os contatos, até a surpresa, apareceram. Os cumprimentei, Wilmer também, a moça me deu a chave enquanto nos guiava ao nosso destino.

-Aqui!

- Obrigada! - fiquei tão animada, que a abracei.

- Lembre-se que ás 7:00...

- Eu lembrarei.

- Ok, agora já vou. - A agradeci e ela partiu. Abri a bolsa e peguei nossas mascaras, entreguei uma e coloquei a outra.

- Essas mascaras parecem familiar. - ele franziu a testa.

- Bom, não são as originais, mas fizeram muito sucesso. Mas as coisas que estão aqui são as originais e Caralho...isso é muito foda!

RAPTADA / 2 TEMPORADA.Onde histórias criam vida. Descubra agora