Uma semana depois do enterro de Sophia as coisas estavam seguindo. Todos estavam abalados ainda e sem duvidas Sophia faria falta. Meu pai estava bem mal, ele se sentia culpado, eu tentei fazê-lo mudar de ideia, mas ele não me ouvia. Bom, Isa estava menos rude comigo. Talvez Liam esteja ajudando-a a lhe dar com as coisas. Lourdes era a minha companhia diária, ela me proibia de fazer tudo. O que era um saco. Em falar nela, ela entrou no quarto e com o telefone em mãos.
- Para a senhora.
Revirei os olhos. Ela pegou o costume de me chamar assim. Peguei o telefone, e era o delegado: " perguntando se eu estava pronta para depor". Não, eu não estava, mas era necessário. Precisava acabar logo com tudo isso. Afirmei que sim e as 9:00 eu tinha que ir depor.
- Aconteceu algo?
- Irei depor.
- Boa sorte, menina!
Sorri de leve. Pedi que me deixasse um pouco á sós, eu tentaria dormir. Ela saiu, fechando a porta, me encolhi e fechei os olhos.
Tudo seria menos difícil se o Chris estivesse aqui.
***
Delegacia, 8:50.
Meu pai havia vindo comigo, ele não falou quase nada o caminho todo, o que deixou a viagem mais tensa e demorada. Mas eu não poderia cobra-lo, afinal ele estava passando por um momento ruim, mais do que todos. Fomos chamados e infelizmente eu tinha que entrar sozinha. Sentei na cadeira e o delegado começou a fazer perguntas. Foram tantas que eu já estava ficando confusa, minhas mãos suavam e a vontade de chorar já começava a se fazer presente.
- Senhorita responda!
- Eu não lembro...- choraminguei.
- Só você pode confirmar essa história.
- Eu não lembro...eu já contei tudo o que houve. - solucei.
- Ok, senhorita. Acalme-se! Ele tem algum cúmplice? Você lembra de alguma outra pessoa?
Eu não poderia falar sobre o Dean. Ele nunca teve culpa do que houve. Ele que havia me ajudado a fugir daquele inferno.
- Senhorita?
- Não, não que eu lembre.
- Ok, precisaremos do depoimento do seu pai.
- Ok.
Levantei e saí dali. Minha cabeça doía, eu queria lembrar de algo. Eu precisava lembrar do que houve.
- Como foi?
- Bem.
- Senhor Valderrama, pode me acompanhar?
- Claro.
Ele o acompanhou e sentei na cadeira. Passando as mãos pelo cabelo e sentindo a maldita cicatriz. Será que isso explicava algo sobre o meu esquecimento?
- Tente Luna...tente lembrar de algo. - Meu celular vibrou e eu o peguei, o atendendo.
- Bom dia!
- Como conseguiu meu numero?
- Lourdes. Luna liguei para dizer que marquei duas consultas para você.
- Com que direito?
- Só me escute, Luna. As duas consultas são importantes. Se não quiser ir comigo, tudo bem, mas você não pode deixar de ir.
- Que horas?
- As 14:00.
- Ok, eu vou com a Lourdes.
- Tem certeza? E o seu pai?
- Ele não se sente bem.
- O que ele tem? O que ele ta sentindo?
- Será que perder a mulher que ele ama não, é muito? Oh...pra você não.
- Luna...
- Acabou? Eu tenho que desligar.
- Eu posso ir junto, por favor? Eu juro que ficarei calada.
- Ok, Demetria.
- Obrigada.
Não me dei o trabalho de dizer nada, apenas desliguei. Guardei o celular na bolsa e minutos depois meu pai saiu da sala e fomos embora. E como esperado ele não falou nada.
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RAPTADA / 2 TEMPORADA.
FanfictionAnos se passaram, Demi e Wilmer passaram por altos e baixos, mas eles viram que está juntos não era mais o suficiente e a separação foi inevitável. Pelo bem dos filhos, eles seriam amigos. Uma nova jornada começa e com ela mistérios e descobertas. M...