Luna.

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Depois que Christian saiu, ajeitei minhas coisas e decidir que ir embora seria o melhor a se fazer. Arrumei minha mala, peguei o dinheiro que eu havia economizado e o guardei. Antes de sair escrevi um bilhete e deixei na cama, olhei o quarto e suspirei. Saí dali sem fazer barulho e caminhei até o ponto de ônibus mais próximo. Eu tinha que economizar, iria o mais distante que eu conseguir.

Logo, peguei o ônibus e segui sem rumo. Quando o motorista falou final da linha, desci e perguntei onde ficava a rodoviária. Uma garota me informou e segui até a parada de ônibus. Minha barriga roncou, mas eu iria comer algo só quando chegasse a rodoviária.

Quase uma hora depois eu estava na rodoviária e comprei uma passagem para fora de Los Angeles, e depois daria um jeito de ir para outro país. Eu tinha medo quando o senhor Wilmer ou a Demi descobrissem a minha gravides mandassem eu tirar o meu filho.

Entrei no ônibus na hora indicada na passagem e fui para o meu assento, sentei e fechei os olhos. Suspirei, estava com sono e enjoada. Logo, o ônibus deu partida e pude me permitir descansar um pouco.

Horas depois nossa terceira parada foi em um posto. Eu precisava descer e comprar uma agua e ir ao banheiro. Peguei minha mala e desci, fui comprar a água e resolvi comprar um picolé. Paguei e fui ao banheiro.

Credo! Aquilo fedia pra caralho! Mas realmente eu precisava fazer xixi. Fiz xixi e vomitei, confesso que me sentia um pouco tonta, lavei as mãos e o rosto e me segurei quando minha visão ficou embaçada.

- Merda! - respirei fundo.

Ouvi o ônibus e peguei minha mala e saí com dificuldade do banheiro e ônibus já tinha saído e já estava afastado. Tentei gritar e me encostei na parede. Me sentia muito mal, respirei profundamente, logo bebi um pouco da água e fiquei um pouco melhor. Entrei na loja e o cara me informou que tinha uma um hotel a alguns metros de distancia.

- Onde posso pegar um táxi?

- Aqui é meio difícil pegar um táxi.

- Bosta! E agora o que faço? - choraminguei para mim mesma.

- Boa tarde senhora! - o cara falou.

- Boa garoto! - a senhora riu.

- Acho que você esta com sorte garota. A Dona Martina tem um hotel.

Sorri de leve para a senhora - que aparentava ter uns 50 anos -  que me encarou e ela franziu o cenho.

- Está passando mal menina? - uma senhora perguntou, preocupada.

- Um pouco. - Ela pagou o havia pego. Me encarou novamente.

- Venha! Vou cuidar de você! - ela encarou o rapaz. - Obrigada! - ele assentiu.

Sorri fraco. Ela me ajudou e saímos dali, fomos ao seu carro e ela me ajudou a entrar, colocou minha mala no banco de trás e logo entrou no carro, dei partida e ficamos em silencio por um tempo.

- Está pálida...comeu algo? - neguei. - Deve ser por isso ou...- ela se calou.

- Sim, estou gravida! - falei baixinho, com os olhos marejados.

- Oh querida...fique calma! Não fará bem para o bebê você ficar nervosa.

Suspirei. Ela tinha razão! Eu teria que ser forte por causa do meu bebê, afinal, ele não tnha culpa de nada.

- Você fugiu de casa?

Fiquei calada, não queria dizer nada a uma estranha. Ok, que eu tinha pego carona com ela, mas era só por causa de uma necessidade.

- Tudo bem, não precisa falar se não quiser. Mas caso queira, estarei a disposição.

Ficamos em silêncio ate chegarmos ao hotel. Fiz a reserva e segui para o quarto. Eu precisava dormir, mas antes eu iria tomar um banho. Apos tomar banho e me vestir, sentei na cama e acariciei minha barriga ainda inexistente.

- Ficaremos bem! Eu prometo!

Ouvi batidas na porta e logo a voz da Dona do hotel. Levantei e abri a porta, ela sorriu e estava com uma bandeja em mãos.

- Te trouxe um lanche, querida.

- Obrigada!

Ela entrou e fechei a porta. Ela veio em uma boa hora, realmente estava com muita fome. Sentei no sofá e ela me entregou a bandeja.

- Quer assistir algo?

Assenti e ela andou até a tv e a ligou, e lá estava a noticia do meu "desaparecimento". Ela me olhou boquiaberta e abaixei a cabeça.

- Você é uma Valderrama?

- Senhora, por favor, não me entregue?! - choraminguei e eu já estava trêmula.

- Acalme-se! - ela desligou a tv e sentou ao meu lado. - Eu não irei fazer nada que não queira! Mas quero que me diga o motivo disso? Eu não quero me meter em confusão ainda mais com um Valderrama.

- O pai do meu filho é meu irmão. - funguei.

- Oh...- a encarei e ela estava muito surpresa.

- Eu tenho medo que eles queiram que eu tire meu filho. - eu já chorava e ela me abraçou.

- Acalme-se querida! - ela pediu. - Melhor você comer e descansar.

- Obrigada!

Ela sorriu e me deixou sozinha. Deixei a bandeja no sofá e fui trancar a porta. Voltei, sentei no sofá e me encolhi.

- Droga! Eu tenho que ir embora daqui o quanto antes.

RAPTADA / 2 TEMPORADA.Onde histórias criam vida. Descubra agora