Luna.

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Graças a Deus a Demi havia voltado para casa. Ela realmente estava magoado com o meu pai e Isa estava furiosa com o mesmo.

Estava ajeitando meus pertences nas caixas - já que nos mudaríamos para outra casa na manhã seguinte - quando Isa entrou no quarto e parecia agitada, sentou na cama e a encarei.

- Brigou de novo?

- Não, é que...- ela falou receosa. - Quando sabemos que é hora de fazer sexo? - parei o que fazia e a encarei com os olhos arregalados.

- Céus...- exclamei, chocada.

- Você é a única que pode responder isso.

- Isa...- sentei ao seu lado. - Isso é bem sério...você tem que está realmente pronta para isso.

- Demorou quanto tempo para saber o momento certo?

- Dois anos. - ela arregalou os olhos e eu ri.

- Como conseguiu? Dois anos é muito tempo.

- Credo! Falando assim você lembrou a Ninfomânica da Demi. - revirei os olhos e ela riu.

- Filho de peixe, peixinho é. - rimos e neguei.

- Você é melhor que ela.

- Quando vai dar uma chance a ela?

- Eu não sei...- suspirei, me levantando. - Creio que nunca.

- Eu te perdoei, sei que pode perdoá-la também.

- Quer me ajudar? - mudei de assunto.

- Eu? - assenti. - Não, obrigada. Vou deixar os empregados fazerem isso por mim.

- Credo! Preguiçosa.

- Sempre. - rimos.

- Ela gosta de você. - sorri, acariciando a barriga. - Ela mexe toda vez que você fala.

- Ain...- ela sorriu. - Não vejo a hora dela nascer. - ela acariciou minha barriga.

- Também não vejo a hora.

- Vai fazer cesário ou normal?

- Normal. - ela fez uma caretinha.

- Vai esfolar o brinquedinho do Chris...- ela se calou.

- Preciso terminar isso aqui e já que não vai me ajudar...

- Já entendi...vou me retirar. - ela se afastou.

- Isa...- ela parou. - Me desculpe.

- Tudo bem! E não se preocupe, eu não vou esfolar a minha por agora.

Ela gargalhou e eu neguei. Ela saiu e continuei o que eu fazia. Mas minhas lembranças foram aquela noite em que me entreguei ao Christian.

- Esqueça isso...você tem que esquecer isso Luna. - falei para mim mesma.

[...]

Uma semana que havíamos mudado de casa e preparávamos a decoração do quarto de Megan. Demi havia vindo morar aqui, mas não dormia com o meu pai. O clima não estava ruim, mas todos sabiam que Demi ainda estava chateada com o meu pai. Isa me ajudava com as compras dos moveis - pela internet - do quarto de Megan. Tanto a família do meu pai como a família da Demi enviaram presentes para a Megan, era tanta roupa que não sei onde colocaria. Logo ouvi a voz do meu pai e sorri ao encara-lo, mas ele não retribuiu, estava sério.

- Aconteceu algo?

- Amanhã começa o julgamento. - Senti meu peito apertar e logo o abracei. Eu estava com muito medo do que estava por vir.

RAPTADA / 2 TEMPORADA.Onde histórias criam vida. Descubra agora