Isa.

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Aff! Fiquei de castigo por dizer a verdade?! Vou começar a mentir pra ver se eu me dou bem na vida.

Resmunguei em pensamentos enquanto me dirigia ao meu quarto, mas parei no corredor ao ver Lourdes do lado de fora do quarto da Bricia.

- O que houve?

- Ela não quer abrir. - revirei os olhos.

- Deixa ela! Daqui a pouco ela abre e você pode babar o ovo dela. - dei de ombros.

Ela me olhou incrédula. Por acaso eu menti? Fala sério! Saí dali e fui para o meu quarto, sentei na cama e bufei ao ouvir os soluços da Chata da Bricia. Eu sei que ela ta gravida, mas a bipolar aqui sou eu. Peguei meu celular e verifiquei as mensagens e vi uma do Christian.

" Pirralha, sinto sua falta! - sorri com o apelido. - Tudo bem com você? Soube o que houve com o papai e sinto muito por ele. E bom, eu quero saber noticias da Luna e sobre o meu filho. Amo vocês!"

Que falta esse cabeção me fazia. Me senti mal ao lembrar da promessa que fizemos e eu não estava cumprindo: Cuidar da Bricia!

- Merda mesmo! Maldita hora que eu te prometi isso Christian. - bufei. - Quando você voltar me desfaço desse pacto de satánas e fodo seu rabo.

Credo! Esse ultimo não.

Suspirei. Levantei e saí do quarto. Lourdes ainda estava ali.

- Luna...- bati na porta.

- Me dei-xem!

- Se não abrir por bem...eu abro por mal.

Logo, a porta se abriu e a vi com o rosto vermelho e se afastou. Pedi que Lourdes me deixasse a sós com a Bricia e que qualquer coisa eu a chamava. Ela concordou e saiu dali, entrei e fechei a porta. A encarei e ela já estava sentada na cama com as mãos no rosto e encolhida.

- Daqui a pouco o bebê resolve nascer só por esse seu choro descontrolado, hein? - tentei brincar e ela chorou mais. - O que quero dizer é que Não vai fazer bem ao bebê. - falei receosa.

- Eu se-i...mas...- ela soluçou alto.

É...fudeu! Eu não sou boa com conselhos. Merda! O que eu faço? A única coisa que me veio a mente foi: Abraça-la. Fui até a mesma e lhe abracei.

- Calma Luna!Ela não falou nada. Ficamos ali por longos minutos sem dizer nada até que ela se acalmou.

- Obrigada!

- Como ta?

- Péssima! - ela choramingou.

- Não fica assim...tente ficar bem pelo seu bebê. - Suas mãos foram a sua barriga e ela sorriu de canto.

- Ela...Escolhi o nome.

- Sério?

- Sim...lembra do nome que você sugeriu quando falamos sobre bebês? Que prometi que você escolheria o nome e você de imediato escolheu o nome?  - pensei por um tempo.

- Megan...- sussurrei. - Ta dizendo que...

- Sim...esse vai ser o nome da minha pequena. Eu sempre gostei desse nome! - ela sorriu.

- Nem acredito que você lembra disso.

- Nunca esqueceria, Isa! - ela me olhou. - Minhas melhores lembranças tem você. Eu te amo! Eu queria voltar a ser a sua Luna, eu queria evitar que você sofresse. Eu mesmo detesto ser essa tal Bricia que todos falam, mas o que mais me doí é que me odeie, eu desejaria não ser essa assombração que te faz tanto mal. Doí, doí muito, Isa! - ela desabou no choro novamente.

- Eu sinto muito, Luna! Me perdoe, por favor! - pedi, já sentindo as lágrimas banharem o meu rosto.

Ela me abraçou forte e nos permitimos chorar até que toda aquela angustia, dor e sofrimento passasse. Nos separamos e sorrimos uma para a outra. Logo ela me olhou surpresa e pegou a minha mão pondo em sua barriga.

- Omg, Isa! Sinta! - ela falou, agitada.  Logo senti a barriga se mexer e arregalei os olhos.

- Caralho...ela...

- Se mexeu! Nossa Megan se mexeu.

- Nossa! É...incrível!

- Sim. - Fiquei alisando a sua barriga e conversando com a bebê.

- Se deu conta que vai ser tia?

- É mesmo. Eu vou ser tia! Não vejo a hora dela nascer.

- Digo o mesmo.

- Posso tirar uma foto?

- Pode. Mas não do rosto, ok? Devo tá um monstro do lago Nesse. - rimos.

Me levantei e tirei a foto, mandaria para o Christian. Ele tinha que acompanhar de algum modo como a Megan estava crescendo.

Continuamos a conversar e ela me mostrou as roupas que havia comprado e me pediu ajuda na decoração do quarto

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Continuamos a conversar e ela me mostrou as roupas que havia comprado e me pediu ajuda na decoração do quarto.

- Vou adorar!

- Vamos ter muito trabalho. - ela bocejou.

- Alguém quer dormir. - sorrimos. - Vou deixá-la descansar e mais tarde venho ver o resto.

- Ok. Te amo!

- Também te amo!

Lhe dei um beijo no topo da cabeça e saí do seu quarto, indo para o meu.

RAPTADA / 2 TEMPORADA.Onde histórias criam vida. Descubra agora