Confesso que me surpreendi com toda a sinceridade e a atitude - de se humilhar- da minha mãe. Mas eu não poderia deixar aquilo me convencer, se algum dia chegasse a perdoá-la tem que ser por completo.
- Demi, levanta!
- Não.
- Eu não vou te perdoar. E outra, eu vou tentar ser legal com a Luna, mas vou tentar de verdade e não fazer como você. Alias, você nunca tentou realmente. Você nunca me quis, mãe. - ele tentou me interromper. - ME DEIXE FALAR! - berrei, segurando a maldita vontade de chorar. - Você nunca fez nada por mim porque realmente quis, se sentia obrigada. Fingiu todo o tempo...MAS EU NUNCA TIVE CULPA DE NADA. O QUE CUSTAVA ESQUECER A SUA MALDITA DOR E ME AMAR NEM QUE FOSSE UM POUCO? NADA. PAPAI FEZ ISSO, ME AMOU MESMO SOFRENDO. ELE SEMPRE ESTEVE COMIGO E EU ME ARREPENDO DE TER SIDO BIRRENTA COM A ÚNICA PESSOA QUE REALMENTE SE IMPORTOU E SE IMPORTA COMIGO, ELE FOI MEU PAI E MINHA MÃE. - chorei. - ME ARREPENDO DE TER IDO CONTRA ELE NAQUELE BENDITO TRIBUNAL, AOS MEUS CINCO ANOS DE IDADE, EU PENSEI QUE INDO MORAR COM VOCÊ E PASSÁSSEMOS MAIS TEMPO JUNTAS VOCÊ ME AMARIA, ME COLOCARIA PARA DORMIR, ME AJUDARIA COM OS DEVERES DE CASA, OU SIMPLESMENTE FARIA UMA ÚNICA REFEIÇÃO AO MEU LADO. Porém, o pior estava por vir...você tinha vergonha de sair comigo e sei que me julgava por eu não ser tão perfeita como você: magra e linda. Como se não bastasse as humilhações que eu passava na escola e quando chegava da escola eu precisava do apoio da mulher, mãe que já passou por isso, porque era para você me entender e perceber o quanto eu estava mal...mas eu esperei de ajuda de quem eu nunca pude contar, de alguém que estava tão mais doente que eu...de alma e coração.
Ela soluçava. Juro que eu não queria ficar ali. Eu queria ir para casa e me trancar no meu quarto.
- Eu sin-to mui-to!
- Eu vo-u ten-tar...mas não por vo-cê.
- I-sa...
- Me sol-te!
Ouvimos a campainha e me soltei da mesma. Limpei o rosto e finalmente fui abrir a porta. Os olhares eram direcionados a mim e para dentro de casa, de onde se ouvia o fungado de Demi.
- O que houve, anjo? - Tia Maddie, perguntou.
- Brigaram? - vovó Dianna, perguntou.
- Me ajudem! - fomos interrompidas pela Demi.
Dei passagem e todos foram ate onde a mesma estava. Fechei a porta e a vi Jack ajudá-la a levantar com a ajuda de Dianna.
- O que houve? - vovó Dianna estava preocupada.
- Eu caí, mãe! Isa tentou me ajudar...mas não conseguiu. - ela limpava o rosto. - Você sabe...como diz a Dallas: culpa do meu traseiro gordo. - ela riu e todos reviramos os olhos.
- Aposto que você não está seguindo nenhuma das recomendações do médico. - Dianna falou, meio irritada.
- Eu quero subir. - ela sorriu torto. - Preciso descansar, recomendação medica.
- Da qual você não se importa, não é? Aposto que não se aquietou nem um segundo. Por que não ligou ontem? Eu tinha vindo para cuidar de você.
- Não mesmo. - falei e ela me lançou um olhar de reprovação.
Vovó Dianna era um amorzinho, mas virava uma fera quando se tratava de saúde.
- Porque eu queria meus filhos só para mim.
- Mas se prejudicou, sua perna esta enxada.
Vovó Dianna começou com dez anos de sermões e tia Maddie me chamou para ir para cozinha - alegando que estava tudo pesado. Sentamos depois que ela colocou tudo sobre a mesa.
- Demi pediu torta de limão. - Apenas sorri.
- O que houve?
- O mesmo de sempre. - dei de ombros.
- Isa...- ela falou receosa. - Por que não dão uma trégua? Não é saudável...
- Eu vou ser menos rude...mas não vou perdoá-la.
- Oh...
- Vamos tomar café, não é? - mudei de assunto e ela assentiu.
Logo Jack se juntou a gente. Tomávamos café em meio a conversas. Mas eu não prestava atenção em nada.
Por que ela não falou a verdade? Ela sempre me culpou por tudo mesmo, isso não faria diferença"
VOCÊ ESTÁ LENDO
RAPTADA / 2 TEMPORADA.
FanfictionAnos se passaram, Demi e Wilmer passaram por altos e baixos, mas eles viram que está juntos não era mais o suficiente e a separação foi inevitável. Pelo bem dos filhos, eles seriam amigos. Uma nova jornada começa e com ela mistérios e descobertas. M...