Finalmente, depois de dois dias eu saí do bendito hospital. Estava me sentindo perfeitamente bem, embora ainda tivesse alguns arranhões para fazer-me lembrar do acidente. Mamãe e Dallas haviam vindo buscar-me e estavamos indo para a minha casa. E como nem tudo é perfeito, eu estava com a minha perna engessada.
- Até que enfim vai para casa. - Dallas comentou, sorrindo.
- Né!
Depois disto, o que houve foi silêncio. O que achei bem estranho. Mamãe e Maddie estavam bem estranhas, sei que me escondiam algo e não queriam me dizer.
- Como estão os meus filhos?
- Bem/ Tirando que Luna sumiu, ta tudo bem. - ambas falaram juntas.
- Dallas....- mamãe a repreendeu.
- Como?
- Pensei que ela soubesse. - ela mordeu os lábios. - Desculpe.
- QUE PORRA TA ACONTECENDO? COMO ASSIM ELA SUMIU? QUEM SUMIU?
- Luna.
- Não sabemos...na verdade, ela fugiu. Estamos a procura dela, mas ainda não a localizamos.
- O que o Wilmer fez?
- Convocou a policia e estão atrás da Luna.
- Inferno! De novo não...- choraminguei.
- Acalme-se filha. Vamos orar para que a encontrem.
- Me levem até o Willmer.
- Você precisar descansar.
- Foda-se! Eu preciso ir vê-lo.
- Demi...
- Agora.
Elas se calaram e mamãe deu a volta e seguiu para a casa do Wilmer. Ele iria me ouvir, por culpa dele, ela fugiu. Ele era um imprestável, não conseguiu com que achassem a minha filha no passado, mas eu iria conseguir dessa vez, custe o que custar. Eu não perderia minha filha de jeito nenhum.
Logo, estávamos em frente a casa do Wilmer, peguei as moletas e Dallas me ajudou a sair do carro.
- Fique aqui com a mamãe.
- Demi...- a interrompi.
- Faça o que eu disse, logo volto.
Ela bufou e entrou no carro e segui até a porta da casa. Respirei fundo e apertei a campainha e logo a vaca loira atendeu.
- Onde está o Wilmer? - minha voz saiu fria.
- No escritório. - ela deu passagem e entrei. Ela fechou a porta e pediu que eu me sentasse no sofá enquanto ela ia chamar o Wilmer.
- Espere! - falei um pouco mais alto. Ela se virou e ficamos nos olhando por alguns segundos.
- Espero que você não faça o Wilmer sofrer.
- Não irei. Wilmer é um homem muito bom. Eu o amo.
- Acho bom...mas caso você o faça sofrer, eu te mato. - falei entre dentes.
Ela abriu a boca para falar, mas fomos interrompidos pela voz dura e irritada de Wilmer.
- Ela não é que nem você, Demetria. E com que direito você vem a minha casa e fala isso a minha mulher?
- Wilmer... - ele a abraçou por trás e engoli em seco.
Ele costumava me abraçar assim e eu lembro de sentir- me segura.
- Melhor eu me retirar. - ela falou baixo, mas deu para entender. Ele negou e beijou o topo de sua cabeça e senti meus olhos ficarem marejados.
- Claro que não. Você é importante para mim e quero que fique atenta ao que vou falar. Apertei as muletas e estreitei os olhos.
- Demetria, não venha a minha casa quando não foi convidada, muito menos ameaçar a minha mulher , ela não pode se estressar e se incomodar com caprichos de uma mulher mimada como você. Ela esta gravida e precisa de paz, algo que você não dá a ninguém e o único assunto que liga você a essa casa são nossos filhos, então se não tiver algo a falar sobre eles pode se retirar.
- NÃO ME FAÇA RI, VALDERRAMA. FILHOS? SE VOCÊ SE IMPORTASSE TANTO ASSIM COM ELES, VOCÊ NÃO HAVIA DEIXADO A LUNA FUGIR, MAS NÃO, VOCÊ SE PREOCUPA MAIS COM ESSA VADIA. - falei entre dentes.
- CALA-SE! - ele falou furioso e tentou avançar em cima de mim e a palmito o segurou.
- Só falei a verdade, Valderrama.
- Quer falar sobre verdades? Dei de ombros. Ele rangeu os dentes e logo voltou a falar.
- Você nunca foi uma mãe para os meus filhos. Você nunca os amou mais do que a merda do seu trabalho. Passei noites acordado cuidando de você, eu tinha medo de dormir e quando acordar te ver morta. Recusei trabalhos porque eu queria você bem e o que te fazia feliz era ir trabalhar e quando isso acontecia e Isa ficava doente, ela te chamava e eu dizia: " Mamãe volta logo, anjo. Ela te ama." EU MENTI. Sabe quantas vezes eu chorei por me sentir mal e um mentiroso, só pra salvar a imagem de mãe que a Isa tinha de você? Milhares. E fora as noites em hospitais. As festas do colégio em dia das mães. Você ainda tem a coragem de abrir essa sua boca imunda e falar que EU NÃO SOU UM BOM PAI?...quem nunca valeu a pena foi você.
A cada palavra meu coração parecia se quebrar. Eu já não segurava as lágrimas.Sentia leves tremores em meu corpo e se eu não saísse dali eu desabaria ali mesmo. Percebi a presença da minha mãe e de Dallas, pensei que ele fosse parar ali, mas ele continuou.
- Eu fico realmente feliz por eles te odiarem tanto. Eu vou casar e formar uma outra família, caso não se sinta feliz por mim e por nossos filhos não compareça.
- Wilmer...- Dallas começou e eu a interrompi.
- Que-ro ir...- falei soluçando. - me ti-rem da-qui. - a voz saiu fraca.
Minha mãe me ajudou e saímos dali. Ouvi Dallas berrar coisas como: IDIOTA! BABACA! FDP! e outros palavrões. Entramos no carro e meu choro veio com força total, Dallas entrou e bufou.
- Me empresta suas muletas pra acabar com ele. Quero acertas só nas bolas e aquilo nunca mais prestar.
- Dallas...
- Dirija.
Foi o que encerrou o assunto e minha mãe deu partida. Dallas me abraçou forte e me permitir chorar mais ainda.
Meu mundo havia desabado. Eu me sentia um lixo. Eu me odiava por ter os feito sofrer daquela maneira. Eu merecia cada castigo que estava passando.
Ultimo de hoje. Até e boa noite! ♥
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RAPTADA / 2 TEMPORADA.
FanfictionAnos se passaram, Demi e Wilmer passaram por altos e baixos, mas eles viram que está juntos não era mais o suficiente e a separação foi inevitável. Pelo bem dos filhos, eles seriam amigos. Uma nova jornada começa e com ela mistérios e descobertas. M...