Wilmer.

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Ouvi batidas na porta e logo a voz de Luna. Passei a palma da mão em meu rosto e suspirei, a porta se abriu e me virei para encará-la, ela estava séria.

- O que ela fazia aqui?

- Veio desejar felicidades!

- Duvido! - ela revirou os olhos. - Eu acreditaria se você dissesse infelicidade.

- Bri...

- Luna.

- Filha, ela é sua mãe. Não teve culpa do que houve.

- Pode ser que não...mas me humilhou e isso eu nunca vou esquecer.

- Eu sei que ela errou, mas você deveria tentar...

- Não. Pai, vamos esquecer isso e é melhor irmos.

Assenti, saímos dali, de braços dados. Comentei que ela estava linda e sorrimos um para o outro. Já estávamos perto de chegar ao salão de festas, mas ouvi a voz de Sophia.

- Wilmer, espere. - Parei, me virei um pouco e ela pediu que conversássemos.

- Diga que não demoraremos, ok? - Luna assentiu. As amigas da Soph a seguiram.

Elas saíram dali e fui de encontro a Sophia. Ela estava linda, mas sei que por trás de tudo aquilo ela estava sendo forte. Ao me aproximar, segurei suas mãos e lhe dei um beijo na testa.

 Ao me aproximar, segurei suas mãos e lhe dei um beijo na testa

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- Você está linda!

- Gracias! - ela sorriu de leve. - Precisamos conversar! - ela insistiu.

A peguei nos braços e ela soltou um gritinho, mas logo riu. Fui ao jardim, onde tinha sombra. A coloquei no chão e antes que ela dissesse algo eu a abracei e a embalei em uma dança.

- Wilmer...

- Shiiiii....- pedi. A abraçando um pouco mais forte.

Cantei uma de suas canções favoritas, baixinho. Ela encostou sua cabeça em meu peito e acariciei suas costas. Ela fungou, eu não queria vê-la chorar.

- Você quis terminar comigo alguma vez? Você me traiu? Seja sincero, por favor. - paramos a dança e eu a encarei.

Sim...eu sinto muito!- suspirei. Respirei fundo.

- Entendo...acho.

- Não pense nisso, ok. Eu quero que esse momento seja especial.

- Mas eu ainda não falei...

- Shiiii. - a calei com um selinho. - Melhor irmos.

Ela assentiu. Caminhamos lentamente, e de mãos dadas. Me sentia mal, mas também aliviado por ter dito a verdade, ou pelo menos parte dela. Mas sei que Soph sabia de quem se tratava. Juro que eu não queria magoá-la. Depois disso, eu terminaria com ela, mas sem deixar de dar toda a assistência que ela precisar, estarei ao lado dela até quando Deus permitir.

Paramos em frente a entrada e logo o pai de Sophia veio ao nosso encontro, ele estava com os olhos marejados, todos sabiam de tudo, menos Sophia. Eu só queria fazê-la feliz enquanto Deus permitisse. Segui para o altar e logo a marcha nupcial soou pelo lugar. Todos ficaram de pé e Noah entrou com as alianças, seguido por Isa que jogava as pétalas de rosas brancas no chão. Isa e Noah estavam lindos também. Encarei a Soph e sorrimos um para o outro.

- Entregue! - ele deu um beijo no topo da cabeça de Sophia e a entregou

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- Entregue! - ele deu um beijo no topo da cabeça de Sophia e a entregou.

Sorri, segurando sua mão e a entrelacei com a minha e continuamos com a " Cerimônia".

- Sophia Tedesco, aceita Wilmer Valderrama como seu esposo? - Ficamos nos encarando e ela não respondia. Ok, que merda estava acontecendo?

- Sophia...

- Não, eu não posso aceitar. - sua voz era calma.

- Sophia que brincadeira é essa?

- Wilmer, eu seria uma pessoa terrível se me casasse com você...mesmo sabendo que isso não passa de um ensaio.

- Soph....

- Eu vou morrer, Wilmer. - seus olhos encheram-se de lágrimas.

- Co-mo?

- Eu estou muito doente, câncer terminal. O médico me deu alguns meses de vida, e na viagem...- sua voz ficou falha, seus lábios tremiam. - Acabei perdendo nosso filho, eu sinto muito. - ela soluçou.

- Sophia...pq só agora me disse uma coisa dessa?

- Eu quero morrer com a lembrança desse momento, lembrar do seu sorriso, lembrar da nossa dança antes de subirmos ao altar, eu te amo e quero que vá atras da sua felicidade.

- So...- não consegui dizer nada. Ela me abraçou forte e voltou a falar.

- Sei que gostou de mim, que se dedicou o máximo que pode, mas eu sei que você ainda e sempre vai continuar amando com todas as suas forças a Demi.

- Eu sinto muito...

- Não sinta, Wilmer. Eu agradeço cada momento que passei ao seu lado, foram os melhores dois anos da minha vida. Quero que siga a sua vida e fique com a mulher que ama. - ela me deu um selinho e eu a abracei mais forte. - Eu te amo! - ela me deu um selinho. Foi isso que ela falou antes de desfalecer em meus braços.

- Sophia...- meus olhos marejaram. Me ajoelhei e ajeitei a mesma em meus braços. - Me ajudem.

Logo o médico de confiança de sua família, checou seu pulso e falou um " Sinto muito", fechando os olhos de Sophia. A abracei forte, chorei. Estava triste por isso. Eu sabia que ela havia perdido o bebê, mas não sabia que a mesma poderia morrer a qualquer momento e por uma doença tão devastadora. Agora me sentia terrivelmente culpado.

- Me perdoe, Sophia! - sussurrei.

RAPTADA / 2 TEMPORADA.Onde histórias criam vida. Descubra agora