RAPTADA / 2 TEMPORADA.

Luna.

Acordei com batidas na porta, era o meu pai. Bom, ele não ficaria nada feliz ao ver Christian aqui, ao meu lado e dormindo feito um anjinho.

_ Já vai!

Respondi. Chamei o Chris em um sussurro e pedi para o mesmo ir ao banheiro. Ele acordou meio atordoado, mas acabou despertando ao ouvir a voz do nosso pai. Engoli em seco ao lembrar desse detalhe, grande detalhe. Estava me sentindo muito culpada agora. Ele levantou e foi para o banheiro. Levantei e coloquei meu hobbie de seda, fui até a porta e a abri.

_ Bom dia! - Fingi bocejo. Lhe sorri e ele tentou disfarçar que não percorreu com os olhos pelo lugar.

_ Bom dia! Viu o Christian? Temos que ir ao julgamento e ele tem que ir. Não podemos nos atrasar.

_ Por que ele precisa ir?

_ Porque sim... temos um assunto para resolver.

_ Não acredito que está inventando uma desculpa e só para saber se ele está aqui.- revirei os olhos.

_ Não, não é uma desculpa.

_ Sei...ele passou a noite aqui.

_ Bricia...

_ Não fizemos nada, pai. Só dormimos juntos.

_ Ele sabe muito bem que não é para tocar em você e muito menos dormir no seu quarto. - Ele falou, meio irritado. Bufei e coloquei as mãos na cintura.

_ Quem tem que decidir isso sou eu e não você. - Falei entre dentes e fechei a porta em sua cara. A tranquei e ele tentou abrir.

_ Bricia, abra essa porta!

_ Vou tomar banho. Lembra que não podemos nos atrasar?!

_ BRICIA.. - Dei de ombros e segui para o banheiro. Christian estava encostado a pia e com os braços cruzados.

_ Ele está certo!

_ Sério isso?

_  Sim... se continuarmos assim iremos nos machucar.

_ Hm...ok.

_ Luna...

_ Preciso tomar banho e me arrumar, por favor, se retire. - O ignorei e fui até o box, o fechando.

_ Lu..

_ Saía! - Falei, ligando o chuveiro e retirando a roupa, a colocando por cima do box e logo ouvi passos ecoarem, em seguida a porta de fechar.

_ Estúpida! É isso o que eu sou, uma estúpida. - Choraminguei. Fiquei debaixo do chuveiro e as lágrimas se misturavam com a água.

Logo me vesti e saí do quarto. Infelizmente me encontrei com o Chris, não dissemos nada um ao outro, só descemos e fomos tomar café. Ao entrarmos recebemos um olhar macabro do meu pai. Demi desejou " Bom dia" e nos juntamos a eles ; depois de cumprimentarmos com um " Bom dia".

_ Christian...me desculpe!

_ Tudo bem, Demi. - O assunto morreu e tomamos café em silêncio.

~~~

Dentro da sala estavam todos atentos ao que Dean falava. Eu me esforçava para tentar lembrar de algo antes do Rapto, mas simplesmente não conseguia. O advogado havia informado que Lindsay Lohan infelizmente havia falecido por causa de um acidente, ao ser perseguida pela policia. Ficamos em silêncio e logo o julgamento prosseguiu.

_ Você falou que estava com a sua irmã e onde ela está agora? Por acaso está a encobertando? Sabe que isso prejudicará mais ainda, não sabe?

_ Enterrada.

_ Enterrada? Conte o que houve?!

_ Lindsay havia deixado claro que queria a Filha da cantora morta. - Meu ser todo estremeceu. Ouvi Demi choramingar baixinho.

_ Ela queria se vingar da cantora. Optou por mata-la, porém, outra pessoa acabou indo em seu lugar, a minha irmã. Lindsay ateou fogo na casa, só foi embora quando a casa já estava quase toda destruída, a Bricia chorava e pedia ajuda. Quando nos demos conta a Luna não estava mais ao nosso lado. _ ele fechou os olhos e engoliu em seco. _ Ele se apavorou..._ olhou para o acusado. _  Eu podia escutar os gritos da minha irmã...._ Dean tapou os ouvidos.

Ele parecia lembrar de cada detalhe. Suas lagrimas já desciam em descontrole, eu estava me sentindo péssima. Senti um aperto em minha mão e encarei: Christian.

_ Melhor pedir...

_ Estou bem! - Ele assentiu, sem deixar de segurar a minha mão. Dean respirou fundo e continuou.

_ Ele...Correu para dentro da casa pelos fundos e demorou alguns segundos para sair com a Garota desacordada em seus braços. Não se tratava da minha irma..._ ele falou entre dentes. _ Perguntei" Cadê a minha irma?" Ele respondeu: Vá para o carro, agora!" Fomos e ele me entregou a garota, ela estava machucada, sua cabeça sangrava.

Por impulso, minha mão foi a minha cabeça e meus dedos foram até a minha cicatriz.