Christian

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Não sei explicar o que senti ao ver meu pai. Foi uma mistura de sentimentos, eu queria novamente sentir o abraço do homem que sempre admirei e que amo. Porém, não pude fazê-lo,  ainda mas,  pelo fato que não gostei nada de ver a Demi sair daquele jeito.

- O que houve?

- Agi como um babaca.

Não falei nada,  aliás,  não deu tempo falar,  pois ouvimos a voz da Callie e ela pedia ajuda. Meu pai foi o primeiro a correr, Ari me ajudou a ir de encontro á eles e Sofia acompanhava logo ao lado de Ari.

- Estou cansada! 

- Sofia!

- Pare, Ari! - pedi.  - Ari. 

Ela parou,  segui sozinho até chegar lá. Eu reconheci alguns rostos,  porém , não tive reação,  só mesmo de continuar e saber o que estava acontecendo. Callie a examinava,  ali no chão mesmo. Callie chamou por Demi e logo ela foi acordando.  Pediu ao meu pai que chamasse por ajuda e que era melhor que eu também fosse.

- Pedir ajuda?

-  Não.  Quero saber se está tudo bem com sua saúde,  aliás,  todos vocês,  principalmente a Ari.

- Ok.

- Opa,  desembucha logo!

-  Eu estou grávida!

- MEU DEUS!! - ela levantou e Demi gemeu ao acertar a cabeça no chão. - Oh,  desculpe!
- Sem problema! - ela continuou deitada.

- Arizona... - ela repreendeu,  mas logo,  se abaixou e beijou a barriga de sua esposa.

- Eu vou ganhar um irmão? - Sofia perguntou e todos assentiram.

Ela abraçou ambas e todos estavam comovidos com a cena.  Logo, meu pai voltou,  junto com a ambulância.  Demi quis protestar,  mas Ari insistiu que todos fôssemos. Ela revirou os olhos e se levantou,  meu pai tentou ajudá-la, mas ela esbravejou um: "Não toque em mim",  e saiu na frente, indo para a ambulância. Meu pai ficou constrangido e sei que estava péssimo.

- Te encontro lá.  - meu pai falou.

Assenti. Logo, me colocaram na ambulância, Ari veio junto e ao fecharem a porta do veículo, deram partida. Todos ficamos calados,  o clima era tenso e sei que a minha mãe estava prestes a surtar.

Não sei quanto tempo levou, mas fora o suficiente para Demi tirar relaxar um pouco.

- Mãe! - ela abriu os olhos e bufou.

- Detesto hospital. - apenas assenti.

Saímos e fomos á recepção. Não demoramos muito ali, logo adentramos e fomos levados a lugares diferentes.

Meredith me atendeu,  fora simpática como sempre,  mas percebi em seu olhar que sentia pena e surpresa. E eu sábia que  daqui para frente seria assim, todos reagiriam da mesma forma.

Maldito acidente!

Após me examinar, ela deixou bem claro que eu ficaria uns dias ali. Já ia protestar,  mas ela foi mais rápida.

- Não vai fazer mal algum. Apenas observação e alguns exames.

- Estou bem!

-  A médica aqui,  sou eu. - revirei os olhos.  - Sinta-se lisonjeado por ser atendida pela melhor médica do país. - ela revirou os olhos e não contive o riso.

Meredith odiava rótulos.  Ela apenas gostava do que fazia.

Enquanto íamos ao nosso rumo,  Meredith falava sem parar. Só fiquei desconfortável quando ela tocou no assunto: Lucy.

- Ela foi atendida e já está descançando. Quer ir vê-la?

- Não. Estou muito cansado.

- Ok. 

Ela continuou a falar e por fim,  chegamos ao "quarto" que eu ficaria. Ela me ajudou a me acomodar e chamou um dos seus residentes, Meredith nos apresentou e recomendou que me tratasse muito bem,  afinal,  Ela não queria problemas com a família Lovato Valderrama.

- Brincadeira, Dulce! - rimos, enquanto a residente ficava com as bochechas rosadas. - Mas agora falando sério...Cuide dele! - a moça assentiu. - Até,  Cris!

- Até!

Meredith saiu e a residente fora fazer seu trabalho.

Dulce era atenciosa, dedicada,  delicada e linda.

- Pronto! - ela falou,  após colher sangue.

- Nem senti.

-  Tenho a mão leve.  - ela deu de ombros.  - É o que dizem. - sorriu.

- Confirmo.

- Bom,  agora vou te deixa descansar.

- Ok.

Ela sorriu, recolheu tudo e se retirou. Logo,  bocejei e aos poucos fui conchilando.

DEMI

Mil vezes Merda! Odeio médico, odeio hospital, odeio soro. Enquanto eu resmungava mentalmente,  a porta se abriu e surgiu de lá a pessoa que eu não queria ver nem pintado de Ouro. Ok,  por mais ele tivesse sido um idiota, ele também era um fofo quando estava realmente arrependido. Ele havia trago flores e chocolate. 
- Odeio você também,  Valderrama! - me virei com dificuldade, e gemi um pouco por ter machucado a mão em que estava a agulha.

- Demi...

- Nem comece. Quero que me deixe só.

- Eu preciso pedir perdão. - ele se aproximou, mesmo sabendo que correria um grande risco.

- Já pediu... fora daqui! Antes que te machuque.

- Eu não me importo. - ele sentou ao meu lado. Não me movi, ele me entregou o buquê e os chocolates, ignorei e suspirei chorosa.

Ele deitou,  se aconchegando a mim, me pedindo perdão, me pedindo pra deixar que ele cuidasse de mim.

- Você me magoou! - não pude controlar as lágrimas.

- Eu sei... Eu nem sei como pedir desculpas por ter sido um babaca.... - O interrompi.

- Idiota,  vacilão,  Grosso, imbecil...

- Isso tudo... e mais um pouco. Só não queria te ver chorar daquela maneira,  pensei que  não havia o encontrado.  Me desculpe por ser tão incrédulo, por não ter a mesma fé que você teve, por não ter acreditado nos seus sentimentos,  na sua intuição, no amor que depositou nessa busca... - ele chorou. Me apertando contra seu corpo. - Obrigado por trazer nosso filho. Obrigado por tudo, por ser minha esposa,  por filhos lindos que me dera,  Eu te amo! Senti sua falta! Fiquei com tanto medo de te Perder também.

Entrelacei minha mão na sua e a beijei. Era a primeira vez que  Ele falava algo desde o acontecido. Senti sua dor e ao mesmo tempo um alívio que ele sentiu.

- Eu também te amo.


***

Oieeee... mais um cap! Pequeno... mas ainda sim,  um cap.  Vou deixar meu número do watts, caso queiram.
85 9749-3156

Obs: A Dulce é a do ex-Grupo RBD. E, sim... Vou colocar o outros tbm 😍😱💕.

RAPTADA / 2 TEMPORADA.Onde histórias criam vida. Descubra agora