Wilmer.

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Isa saiu correndo e fiquei sem reação por alguns segundos. Levantei e minha irmã segurou meu braço.

- Deixe-a! Ela é só uma garota mimada e você precisa ir atrás da Luna. Eu cuidarei deles.

- Eu vou também. - Christian se pronunciou.

- Melhor só o Wilmer...

- Eu vou!

- Ok! Arrume uma mochila. Cuide!

Ele saiu dali e sentei novamente.

- Devia ter o impedido.

- Eu preciso conversar com o meu filho. - fui meio seco.

- Ele é mais meu que seu.

- Ok, não vou discutir com você. Estou nervoso e não quero ser grosseiro com você.

Ela já ia falar, mas Christian nos interrompeu. Depois que Christian se despediu, seguimos nosso rumo.

Entramos no carro e colocamos o cinto de segurança. Dei partida, iriamos seguir para fora do estado. Peguei o celular e liguei para a Demi, mas estava desligado.

- Droga!

Falei meio irritado. Logo tentei ligar para a Marissa e ela não atendia. Bufei e continuei prestando atenção na estrada. Christian estava muito calado, talvez fosse o melhor naquele momento.

Duas horas depois e nada de informações. Tentei ligar para a Mari e nada dela atender. Parei em um posto e pedi para abastecer. Paguei e antes de sair, entrei na loja e comprei agua, refrigerante e alguns salgados. Retornei e percebi que Christian estave chorando, lhe ofereci o refrigerante e ele o pegou, tomando um gole. Dei partida e nesse momento eu não podia ignorar ou adiar aquela conversa.

- Christian precisamos conversar.

- Sobre?

- Vou ser direto. - suspirei. - Vocês chegaram a ter relações? - minha voz saiu dura enquanto apertei o volante.

Ele ficou em silêncio, abaixou a cabeça e logo as lágrimas banharam o seu rosto. Foi a confirmação. Eu sentia raiva, sentia pena e todos os sentimentos que existiam. Infelizmente ninguém tinha culpa.

- Inferno, pai! Por que tinha que ser assim? - ele falou com sofreguidão. - Eu a amo!

- Eu não sei...- vê-lo sofrer também me fazia sofrer. - Mas você tem que enterrar esse sentimento. Eu sei que vai ser dificil, que é doloroso mas tem que ser assim. O melhor a se fazer é passar uns tempos fora. Por que não segue seu sonho? Se alistar e ser um soldado?

- Eu odeio a minha vida!

- Não diga isso filho.

- Minha vida toda foi uma mentira. Todos mentiam, menos a Luna. Nela eu podia confiar...agora...a perdi para sempre. - ele desabou em choro desesperado.

- Eu sinto muito! - apertei seu ombro.

Ficamos em silencio, ouvi-lo chorar daquele jeito me partia o coração, mas infelizmente nada podia ser feito.


RAPTADA / 2 TEMPORADA.Onde histórias criam vida. Descubra agora