Luna.

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Estávamos no meio do caminho e  em silencio.- Ta chateado por ter vindo?

- Não, de jeito nenhum. - ele me encarou por um segundo. - Por que? - ele voltou a prestar atenção no caminho.

- Ta calado. Quanto tempo vai ficar?

- Nada demais...até o julgamento acabar. E venho para o nascimento. - ele sorriu e voltamos a ficar em silencio, mas agora não era tenso como minutos atrás.

Chegamos em casa e subimos, trocaríamos de roupa e depois iriamos fazer um lanche. Me vesti com uma roupa confortável, Megan havia se acalmado e agradeci por isso. Logo saí e Chris já me esperava para descermos, andamos até a porta seguinte e o chamei.

- Você ainda não viu o quartinho da Megan. - sorri, pegando a chave no bolso da calça de moletom.

Abri a porta e dei passagem ao mesmo e ele entrou, acendi a luz ao entrar e segundos depois ele me encarou com um sorriso enorme e seus olhos estavam marejados. Apaguei a luz e as estrelas no teto brilharam. Andei até o berço e logo senti Christian me abraçar por trás e segurei um gemido.

- É lindo, não é? - perguntei.

- Sim. - ele respondeu meio triste. - Uma pena que não pude participar de nada.

- Você participou do mais lindo e incrível momento disso tudo. - me soltei de seus braços e me virei.

O abracei e logo segurei seu rosto entre minhas mãos, dei beijos pelo seu rosto e por fim, em sua boca. Agora, o beijo já não era calma, era intenso. Nos separamos quando o ar nos faltou, ficamos com nossas testas coladas por longos minutos, até nos acalmarmos. Descemos e fomos fazer sanduíches, Demi infartaria se visse isso. Fizemos os nossos lanches e sentamos, ele estava calado novamente. Fingi não notar, comecei a comer. Comi três sanduíches e ele continuou calado.

- O que houve?

- Pensando...

- Em que?

- No que faremos.

- Explique-se, por favor.

- Quando Megan nascer...eu não vou embora. Vou cuidar dela e de você.

- Eu não vou te impedir de nada...mas...- suspirei.

- Mas??? - ele me olhou.

- Não quero que se aproxime de mim. - sussurrei. Sentindo meus olhos ficarem marejados.

- Como quiser...- ele ficou sério.

Não trocamos mais palavras, ele se afastou e saiu da cozinha. Aquilo não devia ter acontecido, eramos irmãos e já estávamos sofrendo demais para ter recaídas. Me levantei e fui para o meu quarto, precisava dormir e tentar ao máximo me controlar e acabar com isso de vez.

RAPTADA / 2 TEMPORADA.Onde histórias criam vida. Descubra agora