Wilmer.

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Minha vida estava uma correria: trabalho, casa, ir a eventos e ir ao hospital. Sim, visitar a Demi. Isa estava evitando ir vê-la, além de odiar hospital, ela ainda estava magoada com a Demi. Minha vida estava uma loucura e para piorar Luna estava doente e teve que ficar ausente. Eu ainda não tive tempo de ir vê-la e Noah estava com saudades.

Christian estava em uma fase rebelde da vida. Havíamos discutido muito esses dias e eu não sabia mais o que fazer. Dianna me ligou e pediu um favor: ir passar a noite com a Demi e não pude dizer não. Sophia já estava morando conosco, graças a minha insistência.

- Você vai ficar bem?

- Claro. Não se preocupe, ok? - ela sorriu, fraco.

- Me ligue qualquer coisa.

- Pode deixar. - lhe dei um beijo calmo e logo fui me despedir dos meus filhos.

Eles estavam na sala e assistiam desenhos, dei um beijo no topo da cabeça de cada um e Noah disse que eu desse um abraço e um beijo na mamãe e fizesse cosquinhas nela até a mesma acordar, completou com um: Ela tá dormindo muito e pra ela deixar de preguiça. Sorri de sua inocência.

- Pode deixar!

Me despedi e segui meu rumo, mas antes parei em uma floricultura e comprei um buquê de rosas vermelhas e segui diretamente para o hospital.

Demi havia me magoado muito e principalmente aos meus filhos, mas eu não conseguia ser frio com ela, ainda mas nesse estado. Eu sentia medo dela não reagir e precisasse desligar a máquina.

Afastei esses pensamentos e voltei a prestar atenção. Liguei o rádio e estava tocando: Body Say. Confesso que assistia suas performances quando estava na empresa, amava vê-la tão sexy no palco. Ok, era melhor desligar e pensar em outra coisa.

Ao chegar no quarto, me despedi de Dianna e coloquei o buquê no vaso. Me aproximei e sentei na cadeira, fiquei a olhando, mesmo com a pálida ela continuava linda.

***

Me assustei ao ver Madison ao meu lado. Nos despedimos e segui para casa. Apesar de querer ficar ao lado da Demi até Dianna chegar, eu estava super cansado.

Já estava quase no meio do caminho de casa quando Madison ligou e a mesma parecia nervosa. Desliguei e dirigi até o hospital novamente.

Será que Demi havia morrido? Inferno! Isso não pode ter acontecido.

Ao chegar, fui diretamente ao quarto da mesma, não estava nem aí para as normas do hospital. Entrei sem bater e ouvi algo que me deixou surpreso e praticamente sem reação. Madison saiu e demorei um segundo para me aproximar da mesma.

- Que porra ta acontecendo?

- Ela ta viva, Wilmer. Bricia...

- Não pode ser...

- Ela nunca vai me perdoar...Luna.

- Parece tão surreal. Eu senti...por isso sempre tivemos uma química fora do normal. - sentei ao seu lado, com um sorriso no rosto.

- Valeu por fazer me sentir melhor. - ela gemeu, choramingando.

A abracei. O pior que eu não sabia como confortá-la. Confesso que estava doido para sair daqui e ir até a minha Bricia. Eu precisava conversar com ela e saber tudo o que houve.

- Não quero que seu bastardo volte a por as mãos na minha filha. - sua voz era dura. Meu corpo congelou.

Eles sofreriam. Eram meio- irmãos e eu tinha medo do quão longe essa relação tinha ido.

RAPTADA / 2 TEMPORADA.Onde histórias criam vida. Descubra agora