RAPTADA / 2 TEMPORADA.

Demi.

Adorei os filmes e fora muito divertido esse tempo em família. Eles estavam felizes e eu estava feliz por isso, muito feliz.

- Pena que acabou. - Isa falou.

- Sim. - fiz bico.

- Noah dormiu. - Maddie comunicou.

Wilmer foi até o mesmo e o pegou com cuidado. Estávamos saindo da sala quando fui atingida com algo. E ouvi xingamentos horríveis, tipo: " cantora de merda" " Nunca nos amou". Eu preferia ter sido atingida por uma bala no coração do que ouvir aquilo. Havia uns seguranças impedindo deles se aproximarem e apesar de tudo eu me importava com eles, mesmo eles me machucando.

- Calma! Não os empurrem! - pedi, choramingando. Estava segurando o choro.

"Te odiamos!"

- CALEM-SE! - Isa berrou.

- Isa...- lhe abracei. - Vamos! - falei baixinho.

- Mas...

- Por favor!

Ela bufou e saímos dali. Eu não choraria na frente deles. Seguimos para o carro de Dallas e ela achou melhor irmos no carro da mesma e Maddie a deixaria em casa. Entramos e Wilmer me deu Noah - que ainda dormia. Ele entrou e deu partida. Isa estava emburrada e Wilmer também aparentava o mesmo.

- Idiotas!

- Eu sinto muito por isso. - falei, me desculpando.

Ficamos calados ate chegarmos em casa. Wilmer pegou o Noah e entramos em casa, tudo estava silencioso. Seguimos para nossos quartos, Wilmer havia ido colocar Noah na cama e aproveitei para chorar, trancada no banheiro.

Era doloroso para mim. Eu estava feliz, mas receber ódio daqueles que me acompanharam durante anos me machucava. O pior que eles tinham toda razão para isso.

- Demi? - Wilmer falou, dando leve batidas na porta.

- Vou tomar banho.

- Ok. - Me despedi, fui ao box, liguei o chuveiro e relaxei o corpo. Me permitir chorar.

Ao termino, saí do box e xinguei por não ter pegado meu roupão. Saí e dei graças a Deus Wilmer esta dormindo. Fui ao closer e peguei um roupão, me enxuguei e logo me vesti. Voltei ao quarto e me assustei um pouco ao ver o Wilmer acordado.

- Não estava dormindo? - sentei na cama.

- O seu cheiro me despertou. - sorri. Me deitei e ele me abraçou, selando seus lábios nos meus, em um beijo calmo.

- Melhor dormimos. - falei, ao nos separarmos.

- Mas estava tudo tão bom. - ele suspirou.

- Sim...mas temos que acordar cedo.

- Ok. - Nos ajeitamos e fomos dormir. Amanhã seria um longo dia.

Acordei cedinho, fiz minha higiene e me arrumei para o julgamento. Wilmer também ja havia acordado e estava pronto. Ele estava com o seu celular em mãos e estava sério.

- Aconteceu algo?

- Talvez aconteça.

- Como?

- Olhe o seu celular. - foi o que ele disse antes de sair do quarto.

Suspirei. O que eu havia feito agora? Peguei o celular e vi a mensagem de Debora e mal pude acreditar no que li.

Se eu estava feliz de ser nomeada ao Grammy? Claro. Esperei isso a muito tempo. Omg!!! GRAMMY! PQP! Essa é sem duvidas uma ótima noticia. Fui ao tt e agradeci a todos, era o minimo que eu poderia fazer.

Desci e fui tomar café com os outros. Desejei " bom dia" e quase todos me responderam, menos Wilmer. Sentei ao seu lado e me servir.

- Parabéns! - Christian falou.

Sorri torto. Eu não queria comentar nada sobre aquilo, embora eu quisesse sair saltitante por aí, abraçar e beijar qualquer um que passasse perto de mim. Feliz era pouco perto do que eu estava sentindo.

- Mas seu aniversário já passou. - Noah comentou e rimos.

- Seu bobo! - Isa revirou os olhos. - Mamãe está concorrendo a um prêmio mega importante. - ela explicou. - Parabéns! - ela sorriu e retribui, emocionada.

- Gracias.

- Cuidem! - Wilmer falou. - Vou esperar vocês no carro e a minha volta iremos para o julgamento. - ele levantou e saiu.

- Brigaram? - Isa perguntou, se levantando.

- Não. Boa aula, amores!

- Até! - eles me abraçaram e partiram. Ficamos em silencio e mal tomei café. Hoje eu estava sentindo tudo e mais um pouco.

- Demi?

- Hm..

- Estou orgulhoso de você! - Chris falou.

- Obrigada. - sorri e levantei para dar um abraço no mesmo.

- Vai voltar a ser a cantorazinha? - Luna perguntou.

- O que acha?

- Que deve retornar e deixar a todos nós. - ela levantou e saiu.

- Merda!

- Não leve a sério.

- Eu tento...

- Logo ela te perdoa.

- Você a ama muito. - pus a mão em seu ombro. - Eu realmente queria que tudo não passasse de um engano, que você não fosse filho do Wilmer, não me leve a mal, só que... Detesto vê-los sofrer.

- Pela primeira vez concordamos em algo. - ele suspirou.

- Eu sinto muito!

- Eu também.

- Eu gosto muito de você seu cabeça de ovo. - rimos.

- Eu também gosto de você.

Resolvi subir e pegar minha bolsa e acabei ouvindo o soluço de Luna no quarto ao lado. Saí dali e fui ao quarto da Megan.

- Luna...

- Saía daqui! - ela falou, seca.

- Eu...

- Saía! Você não é bem vinda nesse quarto.

- Pare de me maltratar, por favor!

- Doí, não é? Mas você não pensou em nenhum momento no que eu poderia sentir.

- Eu realmente sinto muito.

- Saía! - Fiz o que ela falou e desci. Sentei no sofá ao lado do Christian.

- Aconteceu algo?

- Não. - Ficamos em silencio até o Wilmer chegar.